Llama 4: Meta lança dois novos modelos de IA

A Meta apresentou oficialmente sua mais nova geração de modelos de inteligência artificial: Llama 4, uma coleção de IAs multimodais que promete levar a experiência em assistentes virtuais e aplicações generativas a um novo patamar.

Os dois primeiros modelos da linha, Llama 4 Scout e Llama 4 Maverick, já estão disponíveis para uso e download gratuito no llama.com e na plataforma Hugging Face. Um terceiro modelo, chamado Behemoth, está em treinamento e será o mais potente da família.

Os novos modelos já estão integrados ao Meta AI, assistente virtual da empresa presente no WhatsApp, Messenger, Instagram e na web. Com capacidades que vão desde resumos de múltiplos documentos até raciocínio com imagens e códigos complexos, a nova arquitetura representa uma virada na forma como a Meta enxerga a IA generativa.

Novas arquiteturas e desempenho superior com menos recursos

O grande diferencial dos modelos Llama 4 está na sua arquitetura baseada em “mixture of experts” (MoE). A técnica divide as tarefas em partes menores, distribuídas entre módulos especialistas, o que aumenta significativamente a eficiência e reduz o consumo computacional.

Reprodução/Meta

O Llama 4 marca o início de uma nova fase para a IA da Meta: multimodal, com contexto expandido e treinada para entender texto, imagem e vídeo de forma integrada

O modelo Maverick tem 17 bilhões de parâmetros ativos e utiliza 128 especialistas, totalizando 400 bilhões de parâmetros. Ele supera modelos como o GPT-4o, o Gemini 2.0 Flash e se equipara ao DeepSeek V3.1 em tarefas de programação e raciocínio — com menos da metade dos parâmetros ativos.

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Já o Scout, menor, também possui 17 bilhões de parâmetros ativos, mas com apenas 16 especialistas e 109 bilhões no total. Sua grande força é o janela de contexto de 10 milhões de tokens, permitindo processar conteúdos extensos, como códigos e documentos gigantes, em uma única execução. Mesmo assim, ele é leve o suficiente para rodar em uma única GPU Nvidia H100.

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Behemoth e Reasoning: os próximos gigantes da IA

O Llama 4 Behemoth, ainda em fase de treinamento, contará com 288 bilhões de parâmetros ativos, 16 especialistas e quase 2 trilhões de parâmetros totais.

A Meta afirma que ele supera modelos como GPT-4.5, Claude 3.7 Sonnet e Gemini 2.0 Pro em benchmarks de matemática, ciências e raciocínio lógico. Um quarto modelo, o Llama 4 Reasoning, focado exclusivamente em respostas mais confiáveis e verificadas, será apresentado em breve.

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Os novos modelos também representam um avanço em compreensão visual e multimodalidade nativa, graças à técnica de “early fusion”, que unifica tokens de texto e imagem no mesmo modelo. Isso permite que o Llama 4 entenda vídeos e imagens em conjunto com comandos de linguagem natural.

IA mais responsiva e menos enviesada

Outro foco da Meta foi tornar o Llama 4 mais neutro e equilibrado em relação a temas controversos. A empresa ajustou seus modelos para recusarem menos respostas em tópicos políticos e sociais delicados, oferecendo respostas factuais, sem julgamentos — algo que gerou críticas a outras IAs por suposto “viés ideológico”.

“Queremos que o Llama 4 seja capaz de lidar com diferentes pontos de vista de forma justa, sem favorecer um lado ou omitir informações importantes”, afirmou a empresa em comunicado.

Segurança, mitigação de riscos e ferramentas abertas

Para trazer segurança, a Meta integrou diversas ferramentas, como o Llama Guard e o Prompt Guard, que ajudam a detectar entradas maliciosas e ataques como prompt injection. Além disso, o modelo passou por testes automatizados com a ferramenta GOAT, que simula interações adversas para melhorar sua resiliência.

A Meta também afirma que o Llama 4 segue as melhores práticas de desenvolvimento seguro, desde o pré-treinamento até a disponibilização para desenvolvedores. A empresa diz que continuará evoluindo essas medidas com o apoio da comunidade e parceiros globais.

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Disponibilidade e ecossistema aberto

Mesmo sendo descritos como “open source”, os modelos da linha Llama 4 possuem restrições em sua licença. Por exemplo, empresas com mais de 700 milhões de usuários ativos mensais precisam pedir permissão especial à Meta para utilizá-los. Além disso, usuários da União Europeia estão proibidos de usar ou distribuir os modelos, por conta das leis de proteção de dados e regulação de IA da região.

Ainda assim, a Meta destaca que acredita na abertura como motor da inovação e pretende continuar expandindo o ecossistema Llama. Os modelos já estão sendo utilizados em produtos internos e estarão disponíveis em breve por meio de parceiros e plataformas de nuvem.

Fonte: Meta

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