Mercados reagem com cautela à inflação nos EUA e olham para o cenário fiscal no Brasil

A semana foi marcada pela divulgação dos dados de inflação nos Estados Unidos, com o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) e o PPI (Índice de Preços ao Produtor) acima das expectativas. Em um primeiro momento, o mercado reagiu com uma correção para cima do dólar e uma queda nos índices acionários, refletindo a preocupação com um ambiente inflacionário mais pressionado. No entanto, segundo Marco Prado, apresentador da BM&C News, a leitura posterior foi mais otimista.

O mercado entendeu que a inflação está um pouco acima do esperado, mas não tão alta quanto se imaginava. Com isso, os índices voltaram a subir e o dólar atingiu mínimas”, explica Prado. O Ibovespa, que chegou a sentir o impacto dos dados norte-americanos, voltou a operar próximo dos 128 mil pontos.

Cenário fiscal no Brasil segue no radar do mercado

No Brasil, a situação fiscal continua sendo um ponto de atenção, mas sem grandes surpresas negativas no curto prazo. Prado destaca que o viés do mercado segue mais positivo, com o próprio presidente Lula sinalizando um possível novo pacote fiscal mais enxuto. “O mercado aguarda os próximos passos, mas até agora, não há deterioração no cenário, o que traz certo alívio para os investidores”, pontua.

Outro destaque da semana foi a recuperação da economia chinesa, que veio acompanhada de uma boa performance do setor de tecnologia. Ações do segmento impulsionaram os mercados asiáticos, refletindo um cenário mais favorável para empresas inovadoras e de alto crescimento.

Nos Estados Unidos, os principais índices se mantiveram próximos à estabilidade. Com os mercados operando em seus topos históricos, o setor de tecnologia parece ter encontrado um momento de acomodação, sem grandes catalisadores para novas altas no curto prazo.

Impacto das taxações de Trump

A política tarifária do presidente Donald Trump também seguiu no radar dos investidores. Apesar do aumento das taxações sobre diversos setores, o mercado absorveu as medidas sem grandes turbulências, considerando que o cenário poderia ser ainda mais restritivo.

Para Prado, os mercados começam 2025 com uma visão mais positiva, com os índices internacionais mostrando resiliência e o cenário fiscal brasileiro ainda indefinido, mas sem surpresas negativas. “O mercado segue bem definido, aguardando novos desdobramentos, mas com perspectivas otimistas”, conclui.

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