Alegrete sem insulina por mais de uma semana: como está o abastecimento agora?

Durante esse período, a distribuição da insulina foi afetada em farmácias locais, incluindo a Farmácia Municipal, que atende pacientes do SUS no município.

Entre algumas farmácias da cidade, a rede Panvel tem o produto, e a previsão é de que novos lotes de insulina cheguem ao estabelecimento na próxima sexta-feira, 14 de fevereiro. Já na rede São João, o estoque encontra-se zerado, e os gestores aguardam a reposição do produto, que está em falta em todo o Brasil.

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De acordo com a farmacêutica Adriana Sales da Rosa, da Farmácia Municipal de Alegrete, a insulina já foi entregue, na quarta-feira(12), e está sendo distribuída de forma controlada. A medicação está disponível apenas para pacientes com receita do SUS emitida por médicos das Estratégias de Saúde da Família (ESFs). A Farmácia Municipal é responsável por distribuir cerca de 2.800 doses mensais da insulina a pacientes do SUS na cidade.

A crise de desabastecimento de insulina no Brasil está relacionada a uma série de fatores. Entre as principais causas estão a falta de insumos para a produção, a demanda superior à capacidade de fabricação, desafios na cadeia de suprimentos e o aumento do número de pessoas diagnosticadas com doenças crônicas graves, como o diabetes.

As consequências para os pacientes são graves, uma vez que a falta de insulina pode comprometer o controle da glicemia e aumentar o risco de complicações associadas à doença. A escassez também tem levado muitos a recorrerem ao mercado privado, onde o preço da medicação é mais elevado, ou ainda a buscar atendimento em unidades básicas de saúde.

Em resposta à situação, o Ministério da Saúde do Brasil tomou medidas emergenciais, adquirindo insulina de forma emergencial para garantir o abastecimento. O Ministério também orienta que os pacientes que não consigam obter a medicação nas farmácias locais busquem atendimento nas Unidades Básicas de Saúde.

O Brasil tem estoque de insulina garantido até o final de 2025. Contudo, a farmacêutica Novo Nordisk anunciou que haverá uma redução na disponibilidade do medicamento ao longo de 2025, o que pode continuar a afetar o abastecimento nas farmácias públicas e privadas.

O mercado global também enfrenta dificuldades de produção devido a problemas de cadeia de suprimentos e aumento na demanda, o que tem gerado dificuldades para a reposição do produto em vários países, incluindo o Brasil.

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