Sabesp encontra vazamento de dados

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que sofreu um ataque cibernético em outubro, informou ter identificado publicações com “uma quantidade inexpressiva de dados pessoais não sensíveis” compatíveis com as suas bases.

Esse vazamento foi encontrado por assessores externos contratados pela empresa para investigar o incidente, suas causas, extensão e potenciais responsáveis.

“Embora as informações obtidas até o momento não permitam concluir que se trata de um cenário de notificação obrigatória à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), a Sabesp preventivamente notificou a autoridade”, afirma a companhia em comunicado ao mercado.

Sem detalhar a natureza ou data exata do ataque, a empresa afirma que o incidente provocou “instabilidade em sua rede digital”, mas operações de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto não foram afetadas. 

De acordo com o Sintaesp, sindicato dos trabalhadores do setor de saneamento de São Paulo, os problemas na rede da Sabesp começaram no dia 17 de outubro e o impacto seria bem mais grave.

“A situação está um caos. Desde quinta, só o sistema de Controle de Reservatório (COO) que funciona, os demais sistemas, os trabalhadores só conseguem acessar via internet do celular ou redes externas. As informações que recebemos é que há cinco dias os setores Comercial, Poupatempo, Leitura, Atendimento ao Cliente estão parados graças ao apagão, que atinge todas as unidades da Sabesp pelo estado”, publicou o sindicato na ocasião.

Segundo o site CISO Advisor, o grau de interferência nas operações é compatível com incidentes envolvendo ransomware. Até o momento, no entanto, nenhum grupo cibercriminoso publicou qualquer informação relacionada ao ataque.

Com um faturamento de R$ 25,5 bilhões no ano passado, a Sabesp está entre as maiores do seu segmento no mundo. A companhia responde pelos serviços de abastecimento de água e de coleta de esgotos em 375 dos 645 municípios paulistas, incluindo a capital. 

Atualmente, o estado de São Paulo tem 18% das ações da empresa, enquanto a Equatorial possui 15%. A maior parte dos papeis (57,1%) é negociada na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, e 9,9 %, na bolsa americana NYSE.

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