O papel primordial dos jatos executivos nas eleições dos EUA

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Com a proximidade das eleições dos Estados Unidos entre Kamala Harris e Donald Trump, os dois candidatos estão percorrendo diversos estados em um único dia para convencer os eleitores ainda indecisos. 

A busca para ocupar um dos cargos mais importantes da política mundial, justifica o calendário cansativo e extenso com muitas viagens de campanha na reta final, com os dois candidatos visitando vários estados dos EUA em um curto período de tempo.

Neste sentido, a atuação dos jatos executivos mostra-se primordial e essencial para o andamento da campanha. Kamala Harris, por exemplo, dispõe do uso de aeronaves governamentais por ser vice-presidente de Joe Biden sob o inidicativo “Air Force Two”, entretanto, os Estados Unidos contam com regras rígidas no uso de aeronaves do governo para fins de campanha. Já Donald Trump, conta com um Boeing 757-200 próprio desde 2011 (N757AF), aeronave na configuração VIP para uso pessoal e de campanha.

As eleições nos Estados Unidos é um período visto com bons olhos para os operadores de jatos executivos, com o aumento expressivo na demanda por voos fretados, pois além da eleição presidencial, há também votação para a câmara dos deputados e o senado.

A demanda é tão alta, que empresas de aviação executiva criam serviços especiais justamente durante a campanha eleitoral , porém, regras com gastos de campanha são rigorosamente acompanhadas para evitar superfaturamento ou lavagem de dinheiro. 

 

 

 

Conheça as duas principais aeronaves utilizadas na campanha principal

 

Boeing 757 “Trump Force One”

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Foto: Tomás Del Coro via Wikimedia Commons

 

O Boeing 757-200 de Donald Trump operou pela primeira vez em 1991, através da Sterling Airways, portanto uma linha aérea, mas em 2011 Trump decidiu trocar seu já antigo 727-100 por outro avião mais moderno.

Este avião foi configurado na década de 90 para uso VIP, na época pelo cofundador da Microsoft, Paul Allen. Repassado para a DJT Operations LLC, o avião passou por algumas atualizações para levar o bilionário Trump em seus compromissos oficiais, antes de ser utilizado na campanha presidencial de 2016.

No interior podemos encontrar um quarto privativo com chuveiro quente, com móveis de mogno e itens banhados a ouro. Manter todo esse luxo funcionando custa US$ 6 milhões por ano, mesmo sem voar.

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Os painéis internos da aeronave são otimizados para diminuir a quantidade de ruídos abordo e seu alcance melhorado através da menor carga transportada.

Com a recente reforma do interior e manutenção completa, esse Boeing 757 VIP pode ter um valor de US$ 100 milhões, caso Donald Trump resolva vender a aeronave neste exato momento.

 

 

Boeing C-32A (baseado no 757-200)

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Foto: Simon Boddy via Wikimedia Commons

 

Por fazer parte do governo, Kamala Harris pode utilizar aeronaves oficiais de governo, incluindo o Boeing C-32A, geralmente utilizado pelo vice-presidente em exercício. Harris também pode utilizar outras aeronaves da USAF durante a campanha das eleições, incluindo aviões particulares para voos fretados. 

Inicialmente, o C-32 foi designado para cumprir o papel antes realizado pelo VC-137 (Boeing 707) e passou por um programa de modernização criado em 2018, incluindo melhorias nos sistemas operacionais próximos do VC-25A (Air Force One), retrofit do interior e modernização da pintura, custando ao Pentágono mais de 16 milhões de dólares.

Com boa parte da frota perto dos 30 anos de serviços, o C-32 é versátil para operar em rotas de médio e longo alcance, incluindo pousos e decolagens em pistas curtas.

 

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