Reino Unido vai gastar mais de R$ 23 bilhões em treinamento para reduzir trabalhadores imigrantes


O investimento irá focar em ‘jovens talentos nacionais’ por meio da criação de 120 mil novas oportunidades de treinamento em setores como construção civil, engenharia, saúde e tecnologia digital. Bandeira do Reino Unido
Pexels/Erik Mclean
O Reino Unido vai gastar mais de £ 3 bilhões — cerca de R$ 23 bilhões — para ampliar as oportunidades de treinamento da população da região para o mercado de trabalho. A informação foi divulgada em um comunicado do governo apresentado nesta terça (27), no horário local — segunda (26), no horário de Brasília.
As medidas fazem parte de uma estratégia mais ampla do governo britânico para capacitar os trabalhadores do local, a fim de reduzir a dependência de trabalhadores imigrantes.
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Segundo o comunicado do Departamento de Educação, o investimento irá “redirecionar o panorama de qualificação para os jovens talentos nacionais” por meio da criação de 120 mil novas oportunidades de treinamento em setores-chave como construção civil, engenharia, saúde e assistência social, e tecnologia digital.
Ainda segundo o documento, há um aumento planejado de 32% na taxa de qualificação — criada para desencorajar empresas de contratar estrangeiros. A medida proporcionará até 45 mil vagas adicionais de treinamento para em setores prioritários.
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Mais de um em cada cinco britânicos em idade ativa não está empregado ou procura emprego. Já que, segundo os dados oficiais mais recentes, a taxa de inatividade é de 21,4% e tem aumentado constantemente desde a pandemia de Covid-19.
O governo trabalhista tem sido pressionado a reduzir a imigração após o sucesso nas eleições locais do partido de direita Reform UK, em maio. Desde então, tem apresentado planos para endurecer as regras de cidadania, restringir vistos de trabalhadores qualificados a cargos de nível universitário e incentivar empresas a treinarem trabalhadores locais.
Ao informar as novas medidas, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, declarou que o experimento de fronteiras abertas acabou.
As empresas têm afirmado que não tem conseguido contratar funcionários nascidos no Reino Unido e alertam que as regras mais rígidas poderão prejudicar a economia, a menos que sejam acompanhadas por uma reformulação profunda do sistema de treinamento profissional do país.
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