Fechamento dos mercados internacionais: tensões comerciais e política monetária dominam o cenário

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Os principais mercados internacionais encerraram o pregão desta segunda-feira, 5 de maio de 2025, sob forte cautela dos investidores. O foco esteve nas crescentes tensões comerciais entre Estados Unidos e China e nas decisões de política monetária que devem ser anunciadas ao longo da semana por bancos centrais de destaque, como o Federal Reserve e o Banco da Inglaterra.

Mercados norte-americanos fecham mistos

As bolsas de valores dos Estados Unidos apresentaram comportamentos distintos, refletindo a incerteza dos investidores diante da nova rodada de tarifas comerciais e da expectativa pela decisão de juros do Federal Reserve, que será anunciada na quarta-feira (7).

  • Dow Jones: +0,26%
  • S&P 500: -0,26%
  • Nasdaq: -0,46%

A ligeira alta do Dow Jones foi sustentada por papéis de empresas mais tradicionais e defensivas, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq recuaram, pressionados pelas ações de tecnologia, mais sensíveis ao ambiente de juros elevados e riscos geopolíticos.

Bolsas europeias operam com menor liquidez

Na Europa, os mercados encerraram o dia sem direção única. O feriado no Reino Unido reduziu a liquidez das negociações em Londres, o que impactou o volume de transações em outras praças europeias.

Em Frankfurt, o índice DAX apresentou leve alta, enquanto Paris registrou queda moderada. A ausência do mercado britânico e a expectativa pela decisão do Banco da Inglaterra, que ocorre na quinta-feira (8), contribuíram para a postura conservadora dos investidores.

Bolsas asiáticas fecham sem tendência clara

Na Ásia, os mercados também refletiram o ambiente de incerteza global. Investidores avaliaram os impactos potenciais de uma escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. A perspectiva de aumento nos juros em economias desenvolvidas também elevou o nível de aversão ao risco.

Enquanto o Nikkei (Japão) fechou em baixa, pressionado por exportadoras, o índice de Xangai registrou leve alta, com apoio de empresas do setor financeiro e estatal.

Commodities em queda: petróleo recua após decisão da Opep+

O mercado de petróleo registrou forte queda nesta segunda-feira. Os contratos do Brent e do WTI recuaram cerca de 2% após a Opep+ anunciar que aumentará a produção da commodity a partir de junho. A decisão elevou a percepção de excesso de oferta global, pressionando os preços futuros.

Esse movimento impactou negativamente ações do setor de energia em várias bolsas, especialmente nas americanas e asiáticas.

Dólar se fortalece com dados econômicos positivos nos EUA

O dólar apresentou valorização frente a diversas moedas globais, impulsionado por dados econômicos acima do esperado nos Estados Unidos. O índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços subiu para 51,6 pontos em abril, sinalizando expansão da atividade e fortalecendo a expectativa de uma postura mais dura do Federal Reserve em relação à inflação.

A demanda por ativos considerados mais seguros também contribuiu para a valorização da moeda norte-americana diante da instabilidade nos mercados.

Principais fatores que influenciaram os mercados internacionais

  • Escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, com novas tarifas anunciadas por Washington;
  • Expectativa pelas decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco da Inglaterra;
  • Dados econômicos positivos nos Estados Unidos, com impacto direto nas projeções de juros;
  • Redução nos preços do petróleo, em razão do aumento da produção pela Opep+;
  • Feriado no Reino Unido, que afetou a liquidez nas bolsas europeias.

Conclusão

O início da semana foi marcado por volatilidade e uma postura defensiva por parte dos investidores globais. As decisões de política monetária que serão divulgadas nos próximos dias devem definir o tom do mercado no curto prazo, enquanto as tensões geopolíticas seguem como um fator de risco relevante.

Os agentes do mercado continuarão atentos a possíveis novas medidas comerciais entre as maiores economias do mundo, além de monitorar de perto as sinalizações de política monetária nos Estados Unidos e na Europa.

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