Briga na Porto da Pedra: PMs envolvidos contam detalhes da confusão

Dois policiais militares alegam que foram agredidos por cerca de 10 seguranças durante um evento de pagode na quadra da Escola de Samba Unidos do Porto da Pedra, em São Gonçalo, na noite da última quarta-feira (30). Um sargento e um cabo lotados no 35° BPM (Itaboraí) revelaram ao ENFOCO que estavam de folga e participavam do evento como civis.

Segundo os agentes, eles cumpriram o protocolo de cautela das armas antes de entrar na festa, já que o porte de armamento não é permitido no local. No entanto, uma confusão generalizada teria começado e, ao tentarem entender o que estava acontecendo, os militares acabaram sendo atacados pelos seguranças que atuavam no evento.

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Os PMs acreditam que os seguranças os confundiram com participantes da briga. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver o tumulto no meio da quadra, com pessoas correndo, objetos sendo arremessados e agressões violentas.

Em um dos registros, um homem, supostamente segurança do evento, aplica um mata-leão em um dos policiais, que é espancado com vários socos. O outro agente, ao tentar se defender, também é alvo de socos, inclusive na cabeça.

Após a agressão, os militares relataram que não conseguiram reaver suas armas, que permaneceram retidas na quadra. Os armamentos foram posteriormente encaminhados para a 73ª DP (Neves).

Os policiais afirmam que pretendem levar o caso à Corregedoria da Polícia Militar e que irão processar a organização do evento. Procurada, a Secretaria de Estado de Polícia Militar ainda não se manifestou oficialmente.

Os agentes também contestam a versão da Polícia Civil, que informou que os envolvidos foram encaminhados para exames de corpo de delito. Segundo os militares, até o momento, nenhum exame foi realizado.

A reportagem tentou contato com os organizadores do evento, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. 

O que diz a Porto da Pedra

Por meio de nota, a Unidos do Porto da Pedra comunicou que o episódio de violência ocorrido durante o show da véspera de feriado “em nada tem relação com a escola ou com qualquer um de seus integrantes”.

“Nosso espaço, ocasionalmente, é alugado para festas e eventos culturais como forma de gerar renda para a escola com contratação de staff independente”, acrescentou.

A agremiação lamentou o ocorrido no último evento, e disse que está acompanhando todos os desdobramentos do episódio.

“Não compactuamos de forma alguma com violência, nosso maior compromisso é sempre com a cultura, o entretenimento e o lazer da comunidade”, finalizou.

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