Países Baixos confirmam a transferência de outro lote de caças F-16 para a Força Aérea da Ucrânia

Durante a mais recente reunião do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia (UDCG), realizada em Bruxelas e que reúne mais de 50 países, os Países Baixos confirmaram a transferência de outro lote de caças F-16 para a Força Aérea Ucraniana. A novidade foi anunciada pelo ministro da Defesa holandês, Ruben Brekelmans, que também informou sobre a entrega de um sistema Patriot e novos compromissos para fornecer sistemas de defesa aérea I-Hawk, com o objetivo de fortalecer a capacidade de Kiev para resistir aos ataques russos.

Vale lembrar que, juntamente com a Dinamarca e a Noruega, os Países Baixos comprometeram-se a fornecer à Ucrânia um total de 65 caças F-16 MLU (24 deles provenientes da Força Aérea Holandesa), de origem norte-americana, já desativados e em processo de substituição pelos mais avançados caças furtivos F-35 Lightning II. Além das aeronaves, destaca-se também o envio de um importante pacote de peças de reposição e suprimentos para garantir que a Força Aérea da Ucrânia seja capaz de realizar a manutenção dos aviões, pacote este avaliado em mais de 550 milhões de dólares.

É importante destacar que a notícia chega poucos dias após a confirmação da segunda derrubada de um F-16 ucraniano em combate, fato confirmado por canais oficiais no último dia 12 de abril. Esse dado não é menor, considerando que, à medida que aumenta o número de aeronaves disponíveis e avança o treinamento dos pilotos – conduzido por diversos aliados europeus em etapas desde há meses – Kiev decidiu dar maior protagonismo a esses caças em missões de combate, ampliando as capacidades de uma força que até então dependia dos veteranos MiG-29, Su-27 e Su-24.

Por outro lado, retomando os anúncios do ministro Brekelmans, vale mencionar que os Países Baixos buscam concretizar a transferência de um lote de sistemas antiaéreos I-Hawk de médio alcance. O pacote, avaliado em cerca de 150 milhões de euros, segundo o comunicado oficial, será entregue em cooperação com o Reino Unido, atendendo ao apelo ucraniano por mais plataformas que reforcem a vigilância e defesa de seu espaço aéreo.

O próprio ministro comentou a situação da seguinte forma: “Duas semanas atrás, presenciei com meus próprios olhos a destruição massiva causada pelos ataques aéreos russos em Dnipropetrovsk. Civis e crianças inocentes são alvos diários de ataques. Esses sistemas salvam vidas e, por isso, são de valor inestimável para os ucranianos. Com isso, também respondemos ao apelo do presidente Zelenski.”

Do ponto de vista técnico, os sistemas I-Hawk em questão proporcionarão a Kiev uma importante capacidade para neutralizar uma ampla gama de ameaças aéreas, com alcance estimado de até 40 quilômetros e altitude de até 18 quilômetros. Os mísseis utilizados possuem ogivas de fragmentação de alto explosivo que maximizam seu efeito destrutivo, permitindo a interceptação de aeronaves, mísseis balísticos e sistemas não tripulados. Além disso, contam com uma considerável capacidade de detecção, composta pelos radares de alta potência AN/MPQ-51 e os radares de aquisição por pulsos AN/MPQ-50, ambos aprimorados com elementos de guerra eletrônica para aumentar sua resistência contra ataques inimigos.

Por fim, destaca-se que durante as reuniões do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia (UDCG), a delegação dos Países Baixos assinou, juntamente com seus pares noruegueses, uma nova carta de intenções para fortalecer a defesa da região europeia conhecida como “Alto Norte”, que inclui os países nórdicos, regiões do Ártico e os países bálticos. Esse acordo permitirá que as forças dos dois países avancem em novos mecanismos de cooperação, além de abrir caminho para um maior desdobramento de tropas holandesas em território norueguês.

Imagens utilizadas apenas para fins ilustrativos.

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