STF mantém condenações dos réus pelo incêndio na Boate Kiss, que deixou 242 mortos

Todos os ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram, nesta sexta-feira (11), para manter as condenações de quatro envolvidos no incêndio da Boate Kiss, ocorrido em 2013, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que deixou 242 mortos e mais de 600 feridos.

O caso foi julgado em sessão virtual, iniciada na semana passada. Hoje, os votos foram proferidos pelo relator, ministro Dias Toffoli, que foi acompanhado pelos ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin, Nunes Marques e André Mendonça.

Os cinco ministros do colegiado se manifestaram contra os recursos dos acusados, que buscavam reverter a decisão do STF que manteve as condenações decididas pelo Tribunal do Júri e determinou a prisão dos envolvidos.

Com a decisão, ficam mantidas as condenações dos ex-sócios da boate: Elissandro Callegaro Spohr (22 anos e seis meses de prisão) e Mauro Londero Hoffmann (19 anos e seis meses). Também permanecem as penas do vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e do produtor musical Luciano Bonilha, ambos condenados a 18 anos de prisão.

A tragédia da Boate Kiss

Na madrugada de 27 de janeiro de 2013, um incêndio de grandes proporções tomou conta da Boate Kiss durante uma festa universitária. O fogo começou após o uso de um artefato pirotécnico no palco, que atingiu o teto revestido com material inflamável. A fumaça tóxica se espalhou rapidamente, causando pânico entre os presentes. Muitas das vítimas morreram asfixiadas ou pisoteadas enquanto tentavam escapar pelas poucas saídas disponíveis. O episódio chocou o Brasil e o mundo, tornando-se uma das maiores tragédias em ambientes fechados da história do país.

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