Medina sai da ServiceNow

Ricardo Medina acaba de deixar a posição de diretor comercial da ServiceNow no Brasil.

O profissional estava no cargo desde 2019, quando foi contratado vindo da Software AG, onde era VP de vendas para o Brasil.

Medina é um executivo experiente, que também passou por cargos de VP na área de vendas na SAP. 

Em um post no Linkedin, Medina disse que em breve deve compartilhar um novo destino profissional. 

Essa é a segunda saída de grande perfil na ServiceNow nos últimos dias.

Na semana passada, deixou a operação Katia Ortiz, vice-presidente para América Latina.

Oritz foi por muitos anos country manager no Brasil e foi promovida para VP em 2023.

Olhando os dois fatos por si só, estamos falando de acontecimentos relativamente corriqueiros em carreiras no mundo das grandes empresas de tecnologias.

A saída de um diretor comercial depois de quase seis anos, faz parte da rotatividade natural da posição. A promoção de uma country manager para um cargo de VP, da qual a executiva sai dois anos depois, é uma sucessão comum de acontecimentos.

A movimentação pode ter outra explicação, no entanto. 

Ortiz tinha quase uma década de empresa, a maior parte dela como country manager no Brasil, no qual esteve envolvida quase desde o começo da operação no país: a empresa abriu as portas no Brasil em 2012 e contratou uma country manager em 2015. 

Durante esse período, a ServiceNow era conhecida principalmente como uma plataforma de automação de fluxos de trabalho empresariais, especialmente na área de TI (o famoso ITSM).

Foi dessa forma que a empresa estruturou a operação no Brasil, desenvolveu grandes parceiros locais que acabaram comprados por multinacionais e tem hoje um ecossistema com cerca de 30 empresas no Brasil.

A questão é se isso é suficiente para as ambições atuais do comando do negócio. Em 2020, a ServiceNow contratou um novo CEO: Bill McDermott, conhecido por ter sido o CEO da SAP. 

As coisas tomaram um ritmo acelerado desde então.  ServiceNow teve uma receita de US$ 10,9 bilhões no ano passado, um aumento de 22,4% frente ao resultado de 2023. Desde que McDermott assumiu, a empresa triplicou. 

Os produtos da empresa são usados em todo tipo de setores e o objetivo declarado é ser uma plataforma completa de automação corporativa.

McDermott com a retórica bombástica típica dos grandes CEOs, fala toda hora em ser a “empresa de software definitiva do século XXI”, ou algo pelo estilo. 

A responsabilidade de entregar essa visão na América Latina ficou com Federico Grosso, contratado como VP para a região, no final do ano passado.

Grosso é um executivo de alto calibre, que vem de liderar a Adobe na América Latina por 10 anos.

Ele também foi diretor na região da Autonomy, permanecendo por um período na HP depois da compra.

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