Mapa do feminicídio em SC e mais: governador volta a sugerir alternativa no Morro dos Cavalos

Procuradora geral de Justiça, Vanessa Cavallazzi, vai criar um mapa do feminicídio em SC - Foto: Cristiano Andujar/MPSC/ND

Procuradora geral de Justiça, Vanessa Cavallazzi – Foto: Cristiano Andujar/MPSC/ND

Em um Estado marcado por índices alarmantes de violência contra a mulher, a criação de um mapa do feminicídio em Santa Catarina, anunciado pela nova procuradora geral de Justiça, Vanessa Wendhausen Cavallazzi, surge como uma medida urgente e necessária. Saber quem são as vítimas, os agressores, as crianças afetadas e os contextos em que esses crimes ocorrem é essencial para formular políticas públicas eficazes e integradas.

A violência de gênero não é um fenômeno aleatório: ela tem padrão, território e repetição. Diagnosticar com profundidade é o primeiro passo para prevenir. O combate criminal – embora essencial – não basta por si só. É preciso unir repressão e prevenção, com ações que envolvam saúde, educação, assistência social e segurança pública.

Santa Catarina já conta com iniciativas como as Salas Lilás, a Patrulha Maria da Penha e o uso de tecnologias como o Botão do Pânico. Mas ainda faltam coordenação estratégica e visão ampla. O mapa proposto vai nessa direção: conecta dados, dá rosto às estatísticas e permite uma atuação orientada por evidências.

Mais do que reagir ao feminicídio, o Estado precisa agir antes que ele ocorra. A proposta de levantar dados concretos e entender a realidade por trás de cada número é uma demonstração de responsabilidade institucional. Se bem executado, esse mapeamento poderá salvar vidas, proteger famílias e transformar políticas públicas.

A iniciativa de cria uma mapa merece não apenas aplausos, mas apoio efetivo de todos os poderes, da sociedade civil e da imprensa. Porque onde há organização e compromisso, há também a chance de romper o ciclo da violência.

Rachaduras

O senador Jorge Seif (PL) expôs as divisões internas do PL de Balneário Camboriú ao criticar a escolha de Peter Lee como candidato nas últimas eleições municipais. Apesar de elogiar Lee como “um bom menino”, Seif classificou como “infeliz” a indicação, atribuindo a decisão ao ex-prefeito Fabrício Oliveira e à articulação com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

Em entrevista à Rádio Menina, o senador afirmou que o deputado estadual Carlos Humberto seria o nome mais competitivo e que, com ele, “não perderíamos essa eleição”. Seif ainda reconheceu os méritos da vencedora Juliana Pavan iPSD), apoiada por Carlos Humberto. A fala escancara o racha dentro do partido na cidade.

Posse prestigiada

A posse de Vanessa Wendhausen Cavallazzi como procuradora geral de Justiça foi marcada por grande prestígio institucional e presença de autoridades do Judiciário brasileiro, como o ministro do STF, Edson Fachin. Vanessa será a primeira mulher a comandar o MPSC.

Momentos antes da posse, Fachin destacou o significado histórico da nomeação: “Esse é um momento histórico relevante para a sociedade, mostra um pioneirismo de Santa Catarina em propiciar esse espaço de destaque à mulher catarinense.” O ministro ainda ressaltou que o marco vai além do ineditismo, reforçando a importância de um Ministério Público que zele tanto pelos direitos quanto pelos deveres fundamentais da sociedade. “O Ministério Público que zele pela liberdade, mas também pela responsabilidade”, concluiu.

Adjunto

O jornalista Nathan Neumann é o novo secretário-adjunto de Estado da Comunicação. A nomeação foi oficializada nesta sexta-feira (11) no Diário Oficial do Estado. Neumann já atuava como assessor do governador Jorginho Mello, a quem acompanha desde o Senado.

Natural de Blumenau, o jornalista tem carreira consolidada em veículos de TV, rádio, jornal, digital e assessoria. Ele assume a função ao lado do titular da Secom, Bruno Oliveira. A escolha reforça o alinhamento da comunicação institucional com a gestão estadual.

Morro dos Cavalos

O governador Jorginho Mello afirmou que está avaliando uma alternativa para a situação no Morro dos Cavalos: a construção de um contorno rodoviário de 14  quilômetros, com custo inferior ao dos túneis, estimados em R$ 1,2 bilhão cada. Segundo ele, a proposta será apresentada ao governo federal, com o compromisso de o Estado pagar metade da obra, desde que a União devolva os R$ 380 milhões que deve a Santa Catarina: “O ex-governador gastou e até agora eu não consegui receber, o governo federal enrola”.

Caberia ao governo federal obter as licenças ambientais e negociar com as comunidades indígenas. Jorginho disse pretender construir uma proposta única junto ao Fórum Parlamentar Catarinense, coordenado pelo deputado Pedro Uczai (PT).

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