Chuvas volumosas para o Sudeste, esta semana

Acumulado de 7 dias de chuvas, até 24.03.25.

Iniciando a notícia numa análise mais abrangente sobre o clima, o NOAA percebe a La Niña se dissipando em março, entrando numa fase neutra. Contudo, observamos principalmente a partir de abril, um padrão climático mais definido nas regiões Sudeste e Centro Oeste, sem extremos de seca ou chuvas intensas. Ainda nessa tese, pode haver uma diminuição das chuvas no norte do país, como no leste do Amazonas, que também será influenciado pelo movimento da ZCIT em direção ao hemisfério norte, ou seja, se afastando do Brasil.

Evidentemente, o extremo norte brasileiro, isto é, Roraima e Amapá, seguirá caminho oposto, com grandes acumulados, influenciados pela ZCIT na região equatorial.

Nas próximas semanas, a Oscilação Antártica na fase positiva mantém o tempo estável por maior tempo na região sul do Brasil, conforme se observa no gráfico 1, em anexo.

Gráfico 1 – Oscilação Antártica (AAO)

AAO - Oscilação Antártica para março/25
Fonte: NOAA.

Enfim, para essa semana, os maiores volumes de precipitação ocorrem no Norte do país, Centro Oeste e principalmente no Sudeste, que terá os maiores acumulados de chuvas da semana (atrás do Amapá e extremo norte do Pará), se concentrando na porção centro sul mineiro, Rio de Janeiro e Espírito Santo, conforme a imagem 1.

Imagem 1 – Acumulado de 7 dias de precipitação

Acumulado de 7 dias de chuvas, até 24.03.25.
Fonte: ECMWF. WeatherBell

Na região Norte, as fortes chuvas ocorrem devido à atuação da ZCIT, com atenção especial ao norte do Amazonas, especialmente a região de Maturacá e São Gabriel da Cachoeira, ambos no Amazonas, na divisa com RR.

Na segunda feira, a última fria que passou sobre o sudeste agora se encontra no mar, próximo ao Espírito Santo, se dissipando. No entanto, o resquício do sistema frontal ainda gera precipitações sobre o Rio de Janeiro, que deixam os mínimos meteorológicos abaixo de VMC nos aeroportos da capital fluminense pela manhã, e geram precipitações convectivas sobre a região de Juiz de Fora, em Minas Gerais.

Na terça feira, surge um centro de baixa pressão no mar próximo ao Rio Grande do Sul, ancorando o corredor de umidade proveniente da Amazônia, conforme se observa nas imagens 2 e 3, gerando precipitações em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Imagem 2 – Circulação de ventos em superfície, para 18/03.

Ventos em superfície, para 18/03.
Fonte: windy.com

Imagem 3 – Circulação de ventos a 10.000ft, para o dia 18/03

Corredor de umidade se configura no FL100
Fonte: windy.com

Na quarta feira, o centro de baixa pressão se configura para um ciclone extratropical, ancorando um novo sistema frontal, com atuação principal no Sudeste, trazendo grandes acumulados de chuvas entre o norte paulista até o centro de Minas Gerais, além do litoral paulista e todo o Rio de Janeiro.

Na quinta feira, a frente fria tende a se estacionar entre o norte do Rio de Janeiro e sul do Espírito Santo, elevando os índices pluviométricos, principalmente na capital Vitória. Atenção também para o leste mineiro, como Barbacena.

Imagem 4 – Acumulado de chuvas válido para às 23h59 (UTC-3) de quinta feira.

Acumulado de 12h para o dia.
Fonte: ECMWF. WeatherBell.

Na sexta feira, a frente fria começa a se dissipar, mas, mantém as instabilidades convectivas sobre Minas Gerais.

Seguindo caminho oposto, toda a região Nordeste, com exceção da Paraíba até o Maranhão que ainda sofrem com a ZCIT, tem tempo estável por toda a semana, com pouco acumulado.

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