Registrado o primeiro voo de um caça furtivo J-20 da Força Aérea da China equipado com 8 mísseis ar-ar PL-15

Graças à valiosa contribuição das Fontes Abertas de Informação (OSINT), a comunidade de especialistas identificou o surgimento de uma nova configuração ar-ar para os caças furtivos J-20 da Força Aérea do Exército Popular de Libertação da China. Através das primeiras fotografias, que começaram a viralizar em dezembro passado, complementadas por vídeos que confirmaram sua veracidade nos últimos dias, foi possível observar que a aeronave de quinta geração realizava um aparente voo de testes carregando externamente um total de oito (8) mísseis ar-ar PL-15 de médio alcance. Essa nova disposição do armamento emularia o chamado “modo besta”, popularmente conhecido nos caças da Força Aérea dos Estados Unidos, caracterizado pela presença de um grande número de mísseis ar-ar de médio e longo alcance.

Assim como no Ocidente, a evolução e a maturação das aeronaves de quinta geração na China continuam avançando em aspectos como aviônica, armamento e propulsão, inclusive com o desenvolvimento de versões biplace. Também deve ser considerada a adoção de novos modos de operação e configurações de carga útil para enfrentar um número crescente e mais sofisticado de ameaças aéreas.

O J-20 Mighty Dragon, assim como seu contraparte norte-americano, o F-22 Raptor, foi projetado com tecnologia furtiva, mas sem perder de vista que se trata da principal e mais avançada plataforma de superioridade aérea da China e dos Estados Unidos, respectivamente, levando à incorporação de novas capacidades.

No caso do caça furtivo chinês, anteriormente já havia sido confirmada a existência de pilones externos, complementando os compartimentos internos de armamento. Na ocasião, esses pilones eram utilizados para transportar tanques de combustível externos, ampliando o alcance operacional do J-20.

Desde o final de dezembro, uma série de fotografias, recentemente complementadas por vídeos, registrou o voo do caça furtivo equipado com uma nova e potente configuração ar-ar. Com base nas imagens viralizadas, foi possível observar que a aeronave carregava até um total de oito (8) mísseis ar-ar PL-15 de médio alcance, um dos mais avançados atualmente em serviço na Força Aérea do Exército Popular de Libertação. Também é importante destacar que essa capacidade poderia ser complementada pelos compartimentos internos laterais e ventral, que podem ser equipados com mais mísseis de médio/longo alcance, bem como de curto alcance, como o PL-10.

Essa nova configuração de armamento ar-ar, caracterizada por um maior número de mísseis, tem sido popularizada por especialistas ocidentais como “Modo Besta” tanto em caças de quarta como de quinta geração, como o F-35 e o F-15EX. Não é novidade que, diante dos recentes eventos no Mar Vermelho e na Ucrânia, a Força Aérea dos EUA tem avaliado a adoção de novos pilones externos, além de redesenhos nos compartimentos internos de seus caças furtivos, para aumentar a capacidade de transporte de mísseis ar-ar em diversas configurações.

Por exemplo, originalmente, o caça F-35 Lightning II tem a capacidade interna de transportar até quatro mísseis ar-ar AIM-120 AMRAAM. No entanto, diversos relatórios confirmaram os esforços para a adoção de novos adaptadores nos compartimentos internos, localizados na seção ventral da fuselagem, permitindo acomodar dois mísseis adicionais e expandindo a capacidade do caça furtivo para operar até seis mísseis de médio/longo alcance.

Créditos a quien corresponda

A confirmação de que a Força Aérea da China também está seguindo essa tendência, com esforços industriais e de design associados à maturação de seus caças de quinta geração, é mais uma demonstração da necessária adaptação que as forças militares aéreas, navais e terrestres devem enfrentar em cenários altamente disputados, onde o uso massivo de drones de diversas categorias se tornou uma norma operacional.

Por fim, como demonstram os esforços de fabricantes chineses e norte-americanos, a presença de aeronaves de combate operando no “modo besta” será uma cena comum nas operações aéreas das grandes potências, que se tornam cada vez mais complexas e desafiadoras. Basta observar os esforços promocionais da Boeing para seu novo F-15EX, que pode transportar até um total de doze (12) mísseis ar-ar AIM-120, bem como da Marinha dos Estados Unidos para equipar seus Super Hornet com mais mísseis, destacando-se o novo AIM-174, baseado nos mísseis SM-6 utilizados por destróieres e cruzadores lançadores de mísseis guiados.

*Fotografias: créditos a quem corresponda.

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