Unico tem reforço de peso

A Unico, uma das maiores empresas brasileiras no nicho de identificação biométrica, ou IdTech, acaba de trazer um bam bam bam para o cargo de vice-presidente global de relações governamentais.

Luis Felipe Monteiro chega na Unico com uma bagagem de mais de uma década em posições chave em Brasília, onde começou uma carreira com passagem por vários ministérios e conselhos de administração entre 2012 e 2022.

O profissional foi coordenador-Geral de Tecnologia da Informação no Ministério das Comunicações e secretário de TI no Ministério do Planejamento e secretário de governo digital do Ministério da Economia. 

O profissional é tido como um dos criadores do portal Gov.br, hoje com mais 160 milhões de usuários.

Essa é talvez a experiência chave para a Unico, uma vez que o Gov.br oferece uma forma unificada de autenticação para serviços públicos, que nos níveis mais avançados faz uso de biometria facial.

Monteiro também passou por alguns conselhos importantes, tendo sido presidente do conselho do Serpro e integrante do da Dataprev, duas das maiores estatais de tecnologia do país, duas instituições nos quais a identificação de indivíduos tem um papel central.  

Ele também participou de entidades chaves para a regulamentação do ramo da Unico como o como o do Comitê Gestor da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) e Comitê Gestor da Internet no Brasil.

Tudo isso ao longo de um período que inclui a segunda presidência de Dilma Rousseff, o meio governo de Michel Temer e os quatro anos de Jair Bolsonaro, o que indica uma dose de traquejo político desejável para um VP de relações governamentais. 

Com a volta do PT ao governo, Monteiro deu um rumo diferente para a sua carreira, assumindo como CEO da Cateno, uma joint venture da BB Elo e Cielo focada no mercado de pagamentos, que também não fica distante do universo da Unico.  

“Vamos trabalhar para identificar oportunidades regulatórias, analisando como cada país enxerga a verificação de identidade em diferentes contextos — especialmente com Inteligência Artificial, redes sociais e a crescente digitalização do mundo”, disse o executivo para o site Brazil Finance, que acaba de ser lançado esta semana por ex-colaboradores da Istoé Dinheiro (boa sorte para os colegas). 

Traduzindo um pouco, “identificar oportunidades regulatórias” significa entender como novas regras do governo podem beneficiar os negócios da Unico, o que é chave, visto que pagamentos e identificação são temas altamente regulados.

Um exemplo claro disso são eventuais regras que o governo possa criar no setor de apostas, um dos mercados mais quentes para IdTechs no momento. 

Ao mesmo tempo que identifica chances, um profissional como Monteiro pode criar chances, trabalhando para influenciar na criação da legislação, o bom e velho trabalho de lobby. 

Fundada em 2007, a Unico é a líder no país em tecnologia de biometria facial, com projetos implementados em mais de 850 clientes. Entre eles, estão Itaú, Santander, Bradesco, Magalu, Pernambucanas, C6 Bank, Banco Original e B2W. 

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