A Marinha do Brasil avança na manutenção e sustentação de sua nova frota de submarinos de ataque classe Riachuelo

A Marinha do Brasil e o estaleiro Itaguaí Construções Navais (ICN) assinaram, no último dia 5 de fevereiro, um novo Acordo de Manutenção de Submarinos, consolidando a cooperação na manutenção e sustentação dos novos submarinos da Classe Riachuelo. A cerimônia, realizada no Conselho Industrial da Marinha, no Rio de Janeiro, contou com a presença do diretor-geral da ICN, Renaud Poyet, e do vice-almirante Adriano Batista, além de outras autoridades navais e industriais.

O acordo abrange a manutenção dos submarinos Riachuelo (S-40) e Humaitá (S-41), os dois primeiros da classe, incluindo as inspeções programadas IMA 3, 4 e 5 do Humaitá, bem como as de disponibilidade restritiva selecionada (SRA1) do Riachuelo em 2025. A ICN será responsável por tarefas de manutenção preventiva e corretiva de acordo com os requisitos operacionais da Marinha do Brasil.

A assinatura desse contrato reforça o papel da ICN como parceiro estratégico na Base Industrial de Defesa do Brasil, garantindo a operacionalidade e disponibilidade da nova geração de submarinos convencionais brasileiros. Paralelamente ao acordo de manutenção, a Marinha do Brasil segue avançando na incorporação do Tonelero (S-42), terceiro submarino da Classe Riachuelo. Em outubro de 2024, a unidade concluiu com sucesso seus primeiros testes de navegação e imersão estática, realizados na Baía de Sepetiba, próxima ao Complexo Naval de Itaguaí.

Esses testes iniciais avaliaram a estabilidade e o deslocamento em superfície e imersão, além do funcionamento de sistemas essenciais como radar, periscópios, sonar e comunicações submarinas. Em janeiro deste ano, o Tonelero prosseguiu com seus primeiros testes dinâmicos no mar, permitindo avaliar seu desempenho em imersão e verificar o funcionamento dos sistemas de propulsão e controle de navegação, aproximando-se de sua entrada em serviço.

Outro avanço importante no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) é a fase final de produção do último submarino convencional da série, o S-BR4, recentemente rebatizado como Submarino Almirante Karam (anteriormente Angostura). Com a conclusão dessa unidade, o Brasil finaliza a construção dos quatro submarinos convencionais da Classe Riachuelo, baseados no projeto francês Scorpène e armados com torpedos F21, mísseis SM39 Exocet e minas submarinas. Essas unidades representam um avanço tecnológico significativo nas capacidades submarinas da Marinha do Brasil.

A conclusão dos submarinos convencionais marca o fim de uma etapa essencial do PROSUB, com o foco agora voltado para o desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear Álvaro Alberto (SN-BR). Essa será a primeira embarcação desse tipo na América Latina, representando o auge de mais de 15 anos de investimentos em infraestrutura, design e tecnologia submarina.

Créditos das imagens: ICN

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