Boeing remove 38 pedidos do 777X de sua carteira de encomendas

Boeing 777x

A Boeing retirou 38 pedidos do modelo 777X de sua carteira de encomendas, transferindo-os para uma categoria contábil específica para pedidos que podem não ser concluídos.

A mudança foi confirmada pelo fabricante e consta no relatório financeiro anual mais recente, além de dados divulgados em seu site. No último dia 14 de janeiro, a Boeing atualizou suas informações públicas, indicando que encerrou o último ano com 464 unidades do 777 encomendadas, incluindo o 777 de primeira geração e o 777X, que ainda está em desenvolvimento. No entanto, a empresa ajustou posteriormente esse número para 426.

Ao ser questionada sobre a mudança, a Boeing disse que os 38 pedidos foram transferidos para sua categoria contábil “ASC 606”, que agrupa pedidos que podem não resultar em vendas efetivas. “A empresa revisa a ASC 606 antes de cada divulgação de resultados trimestrais e faz ajustes, se necessário. Neste caso, 38 pedidos adicionais foram removidos da carteira e transferidos para a ASC 606”.

Os pedidos nessa categoria continuam respaldados por contratos firmes, mas podem ser considerados duvidosos devido a fatores como a situação financeira dos compradores, sanções geopolíticas e “atrasos na entrega, interrupções na produção e adiamentos na entrada em serviço”.

Apesar da mudança, o fabricante disse que “a demanda pelo 777X continua forte em mercados globais, à medida que nossos clientes seguem investindo em aeronaves Boeing mais eficientes em consumo de combustível e com maior capacidade”.

A Boeing trabalha na certificação do primeiro modelo do 777X, o 777-9, e mantém a expectativa de concluir esse processo até 2026. Seu programa enfrenta atrasos e recentemente passou por um novo contratempo. Em agosto de 2024, foram suspensos os voos da frota de testes, composta por quatro aeronaves, após identificar fraturas em componentes estruturais do motor durante um teste.

Os testes de voo foram retomados em janeiro.

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