Áudio expõe advogado e influenciador João Neto expulsando companheira por usar roupa de academia

Preso no último dia 14 suspeito de agredir a companheira, o advogado e influenciador João Neto, de 47 anos, teve um áudio dele vazado, no qual expulsa a mulher de casa por usar roupa de academia. Na mensagem, divulgada pela TV Pajuçara nessa terça-feira (22), ele a xinga de “puta” e reclama do suposto “comportamento” dela.

Não se preocupe não, pô. Se preocupe não. Se você quer andar como solteira. Certo? Indo pro Lava Jato, com roupa de academia, onde tem um monte de homem. Eu não tô lhe chamando de puta. Eu tô dizendo que seus comportamentos estão de puta. Certo? Agora, se a carapuça lhe coube, porque realmente tá recaindo sobre você. Faz o seguinte, pegue suas coisas e vá pra casa de sua mãe. Certo? Porque eu não tô aqui pra tá minha mulher andando com a saia, com a venda, com a fenda. Certo? Que quando anda, mostra o rabo todo. Certo? E indo pra academia, onde tem um bocado de homem se exibindo com porra de roupa da academia mostrando o ‘tabacão’ e o ‘rabão’. Tá bom? Então faz o seguinte, pô, não tô aqui pra lhe tolher nada, eu acho que as pessoas tem que ter a própria consciência. Eu não estou aqui pra botar essa consciência de você não, certo? Agora se você quer andar como uma puta, ande, minha filha. Agora ande sozinha, ande sozinha. Você pegue suas coisas, vai pra casa da sua mãe, você anda até nua, porra! Você anda até nua, porque você não tem compromisso com ninguém!

Ouça na íntegra a seguir:

 

A gravação foi enviada para a vítima antes das agressões registradas por câmeras de segurança no apartamento dele, localizado no bairro da Jatiúca, em Maceió. As imagens flagraram a mulher no corredor do prédio com bastante sangue jorrando do rosto. Em seguida, João Neto aparece com um pano para limpá-la, porém ela tenta se afastar dele.

Habeas corpus negado

A Justiça de Alagoas negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa de João Neto, que foi preso em flagrante na última segunda-feira (14). Foi usado como argumento o faot de que ele possui bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita.

Os advogados ainda citaram que o episódio registrado por câmeras de segurança teria sido em decorrência de um acidente doméstico e que não houve agressão intencional. Eles também apontaram a possibilidade de substituição da prisão por alguma medida cautelar.

O habeas corpus foi negado pelo desembargador Carlos Cavalcanti de Albuquerque Filho. Ele destacou que a conversão para prisão preventiva deve ser mantida “a fim de resguardar a integridade física e psicológica da vítima, bem como para a garantia da ordem pública”.

João Neto segue preso na Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcante de Oliveira, na capital alagoana.

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