“O Brasil corre risco de calote”, afirma economista

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Durante sua participação no programa BM&C News, o economista VanDyck Silveira fez um alerta contundente sobre a situação fiscal do Brasil, destacando que o país enfrenta um risco crescente de calote ou de necessidade de gerar inflação para diluir sua dívida. Segundo ele, a expectativa do governo de que o Brasil possa recuperar o selo de bom pagador das agências de classificação de risco é “utópica e demagógica”.

Composição da dívida: calote no radar

Silveira explicou que o principal problema não é apenas o montante da dívida, mas sua composição. “A dívida já bate nos 85% do PIB, de acordo com os cálculos do FMI, que são os observados pelas agências de rating, e não os do Banco Central ou do Tesouro Nacional”, pontuou. Além disso, ele destacou que a maturidade dos títulos está cada vez menor, com grande parte da dívida concentrada em vencimentos de até dois anos e atrelada à Selic ou ao IPCA. Isso, na sua avaliação, torna o passivo do governo “impagável” a longo prazo.

Risco de calote

O economista apontou que o governo brasileiro terá duas opções para lidar com esse cenário: “Ou ele dá um calote, o que já ocorreu em outras ocasiões na história do país, ou ele gera inflação para reduzir o valor real da dívida”. Endividamento voltado ao consumo e não ao crescimento

Outro ponto criticado por Silveira é a destinação dos recursos obtidos com o endividamento. Segundo ele, o governo deveria se endividar para promover investimentos estruturais, como melhorias na infraestrutura logística, e não para financiar o consumo público e programas de transferência de renda. “O Brasil usa o endividamento como se fosse um cartão de crédito sem realizar o pagamento a cada 30 dias. Em vez de aplicar o dinheiro em ativos produtivos, ele é direcionado para gastos correntes”, criticou.

Crowding Out: O impacto no setor privado

Silveira também destacou que a política fiscal do governo está gerando um efeito conhecido como “crowding out”, no qual a alta demanda por crédito pelo setor público reduz a disponibilidade de financiamento para o setor privado. “Com o governo consumindo toda a liquidez do mercado, o crédito para empresas fica mais caro e escasso, prejudicando o crescimento econômico”, alertou.

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