JCP e dividendos bilionários + bonificação de ações: o combo que o Itaú deu aos investidores

O Itaú Unibanco encerrou 2024 com um lucro líquido de R$ 41,4 bilhões, um crescimento de 16% em relação ao ano anterior. No quarto trimestre, o banco registrou lucro de R$ 10,9 bilhões, impulsionado pelo avanço da carteira de crédito, que teve alta de 15,5%, e pela expansão da margem financeira, que atingiu R$ 29,4 bilhões. A inadimplência também recuou para 2,4%, reforçando a solidez da instituição.

No entanto, os resultados financeiros acabaram ficando em segundo plano depois dos anúncios de bonificação de ações, pagamento de JCP e dividendos bilionários, que reacenderam o interesse dos investidores e movimentaram o mercado.

Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, o Itaú continua sendo um dos bancos mais rentáveis do país, com indicadores sólidos e um histórico de entregas acima do esperado. “O Itaú continua sendo um banco extremamente rentável, com 22,2% de ROI, com inadimplência bem controlada em 2,4% e com excelente pagamento de dividendos. Tudo bem que está abaixo da Selic hoje em dia, mas não é de se desprezar, afinal, gira perto de 10%”, avalia.

No entanto, Cruz destaca que um dos principais pontos de atenção para os investidores foi a revisão do guidance do banco para 2025. “Claro, é o seu guidance 2025. Não que o Itaú esteja mostrando alguma coisa muito ruim para acontecer à frente, mas sim um crescimento mais contido em relação ao que ele tinha de guidance para 2024”, afirma. Em relatório, a XP destacou o lado positivo da alteração. “O guidance reflete um maior conservadorismo do banco, que espera crescer sua carteira abaixo dos níveis de 2024, enquanto captura spreads maiores, refletidos na maior expansão do NII (Receita Líquida de Juros) com clientes”, apontam os analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, que assinam o relatório.

A projeção de crescimento da carteira de crédito do banco para este ano ficou entre 4,5% e 8,5%, abaixo do intervalo anterior de 9,5% a 12,5%. Cruz destaca que, apesar da revisão, o Itaú entregou um desempenho acima das expectativas no ano passado. “O crescimento da carteira de crédito foi de 15,5%, impressionante como foi bem melhor no ano passado”, pontua.

  • O combo de benefícios aos acionistas

O que animou os investidores foi o anúncio de R$ 15 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) adicionais. Além dos proventos, o banco aprovou um programa de recompra de até 200 milhões de ações e o cancelamento de ações em tesouraria no montante de R$ 3 bilhões.

Entre as medidas anunciadas, o Itaú também confirmou um aumento de capital de R$ 33,334 bilhões mediante a capitalização da reserva de lucros. Com isso, os acionistas receberão uma bonificação de 1 nova ação para cada 10 detidas, com as ações ficando ex-direito a partir de 18 de março.

O banco ainda informou que manterá o pagamento de dividendo mensal de R$ 0,015 por ação, com um acréscimo de 10% após a bonificação. Já o dividendo mínimo anual assegurado às ações preferenciais será mantido em R$ 0,022 por ação.

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