Menino afogado em Maricá: irmão fez pedido antes da morte trágica

Amigos e familiares se despediram do pequeno Kayk Manasses, de 9 anos, que morreu na noite da última segunda-feira (3), em Maricá. O corpo da criança, que foi encontrada na Lagoa do Boqueirão, foi enterrado no cemitério de São Miguel, em São Gonçalo, na tarde desta quarta (5), na presença de aproximadamente 60 pessoas.

Kayk deixa dois irmãos, de 2 e 6 anos. A família, que é de Itaboraí, tinha ido passar o final de semana na casa de uma tia da criança. De acordo com familiares, ele estava brincando próximo à  lagoa, com seu irmão do meio, entrou na água e não foi mais visto.

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O Corpo de Bombeiros informou que seus agentes foram acionados às 18h45, momento em que as buscas foram iniciadas. A procura durou pouco mais de quatro horas. Às 23h45, Kayk foi encontrado já sem vida no fundo das águas.

Saudade e indignação

A mãe de Kayk, Kissila Balzac, disse que guardará as lembranças de um “filho levado”, como descrevia o pequeno.

“Um bom coração, um menino recheado de amigos e muito parceiro de seus irmãos”, contou Kissila.

'Meu filho está no céu', disse Kissila


‘Meu filho está no céu’, disse Kissila


|  Foto:
Quintanilha Filho

Ela disse que um dos irmãos, que estava brincando com Kayk, chegou a pedir: “Irmão, não mergulha”, mas ele foi para a água. Segundo ela, o corpo do filho foi achado a uma profundidade de aproximadamente 15 metros.

Kissila disse que não foi autorizada a ver o corpo de seu filho no dia do óbito, por conta do estado do menino, e que só conseguiu se despedir durante o velório. Ela se disse aliviada após prestar as últimas homenagens.

“A gente sente alívio, um consolo. Eu agora sei que meu filho está descansando e foi para o céu”, concluiu.

Providências

Suhellen Coutinho, de 35 anos, tia da vítima, disse que as família vai buscar esclarecimentos junto às autoridades pois, segundo ela, o local não tinha nenhum aviso de que poderia ter risco de afogamento nem salva-vidas.

“Eles só colocaram a placa vermelha lá depois que acharam o corpo dele. Quer dizer: esperaram um inocente partir para que tomassem algum providência? Se não era apropriado para banho, por que não tinha isso antes?”, questionou Suhellen.

A tia de Kayk disse que costuma levar os filhos lá e que jamais viu nenhuma sinalização. Ela ainda informou que outros banhistas eram inúmeros informado que não é o primeiro caso de afogamento ou desaparecimento registrado na lagoa.

Prefeitura se manifesta

A prefeitura de Maricá fez uma publicação em seu site na terça (4), no dia seguinte da morte de Kayk, informando que intensificou a fiscalização de suas orlas, a fim de prevenir acidentes. Segundo consta no comunicado, 232 agentes trabalham para evitar afogamentos e realizar salvamentos.

Ainda é informado que são 22 postos fixos de atuação dos guarda-vidas, além de outros 17 postos extras, instalados diariamente de acordo com a necessidade e fluxo de banhistas.

Por fim, a prefeitura diz que, além das placas de sinalização instaladas, 250 bandeiras que informam sobre os riscos foram expostas nas praias e lagoas do município

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