Enciclopédia Britânica é agora uma empresa de inteligência artificial

A Britannica, conhecida mundialmente como Enciclopédia Britannica, está em plena transformação para se tornar uma referência em inteligência artificial aplicada à educação.

Após mais de dois séculos sendo sinônimo de conhecimento confiável, a empresa abandonou a impressão de seus icônicos volumes em 2012 e agora está prestes a alcançar um novo marco: um IPO avaliado em cerca de US$ 1 bilhão, segundo o New York Times.

Um legado de credibilidade na era digital

Com o fim da impressão, a Britannica apostou em produtos digitais, como a edição online da enciclopédia e o dicionário Merriam-Webster. No entanto, sua grande virada aconteceu com o investimento em soluções de IA para personalizar a educação.

A empresa utiliza dados confiáveis coletados ao longo de dois séculos, uma abordagem que contrasta com plataformas como o ChatGPT, que muitas vezes enfrentam problemas de confiabilidade devido à vasta quantidade de dados não verificados da internet.

A enciclopédia está transformando séculos de conhecimento confiável em ferramentas educacionais dinâmicas e adaptadas

A estratégia de apostar na precisão e no legado também foi vista recentemente no uso de IA pela Suprema Corte brasileira com a criação da “Maria”, uma ferramenta desenvolvida para agilizar processos judiciais.

Todo mundo é powered by IA

Basicamente, a Britannica desenvolveu um chatbot alimentado por IA capaz de responder perguntas a partir de sua vasta base de dados verificáveis, ou seja, ela subiu todo seu acervo como base de conhecimento.

A tecnologia também permite criar planos de aprendizagem personalizados, ajudando estudantes a identificar lacunas no conhecimento e a se aprofundar em conteúdos específicos.

O movimento de atrelhar sua marca à IA é global. Outras empresas seguem por caminhos semelhantes. A Mercedes-Benz, do ramo automobilístico, por exemplo, incorporou o ChatGPT em seus veículos.

E todas as gigantes estão tentando. No entanto, nem sempre sai como o esperado. Como aconteceu recentemente com a Apple, cuja controvérsia em torno da criação de fake news da Apple Intelligence mostrou a necessidade de ferramentas que priorizem precisão e ética no uso da IA.

Reprodução/DALL-E

O futuro é promissor?

Com o aumento na receita, que deve dobrar para US$ 100 milhões em comparação aos números de dois anos atrás, a Britannica está bem posicionada para competir em um mercado onde precisão e legado fazem a diferença.

Com mais de 7 bilhões de acessos anuais em seus sites e usuários em mais de 150 países, a Britannica demonstra que sua reinvenção digital vai assegurar sua sobrevivência e também ampliar seu alcance global

Enquanto empresas como Chegg sofrem com o impacto de plataformas como o ChatGPT, a Britannica se apoia em sua reputação para se reposicionar na nova era da tecnologia educacional. A estratégia reforça que, em tempos de “brain rot” digital, a busca por conteúdos de qualidade de fontes confiáveis continua sendo vital.

Fonte: The New York Times

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