Entrevista: Por que Pavan quis a prefeitura de Camboriú?

Com uma carreira política que começou em 1983, Leonel Pavan (70) foi eleito prefeito da cidade de Camboriú com 44,47% dos votos válidos. Pavan foi o 41º governador de Santa Catarina, foi senador, deputado federal e estadual, além de prefeito de Balneário Camboriú por duas vezes. Atualmente no PSD, Pavan já foi do MDB, PDT e PSDB. Ele recebeu o Olhar do Vale para conversar sobre os projetos para Camboriú e obviamente ele foi perguntado sobre Balneário Camboriú, que será governado por sua filha, Juliana Pavan.

Olhar do Vale: O senhor tem uma experiência política invejável, o que fez o senhor decidir por uma candidatura a prefeito?

Leonel Pavan: Bom, eu tinha praticamente pendurado as chuteiras, principalmente depois que eu tive um AVC, eu fui abençoado e estou vivinho da Silva. Com a candidatura da Juliana, a prefeita de Balneário Camboriú, ela me perguntou o que eu poderia fazer para criar projetos que tivessem uma consistência e possível implantação em Balneário Camboriú. Eu disse para ela, se eu for candidato a prefeito de Camboriú, eu vou te ajudar nos projetos de água, esgoto, trânsito, segurança, acesso. Ela topou e isso foi fundamental para que eu fosse candidato. Os projetos entre as duas cidades é que me fez colocar meu nome à disposição, não fosse a possibilidade desses projetos em conjuntos, eu não seria candidato.

Olhar do Vale: Bom, o senhor, numa cidade como Camboriú e agora, obviamente, sua filha eleita, isso traz o fortalecimento da família também em si, do sobrenome Pavan, que está muito ligado à política. E como o senhor acabou de dizer, estava um pouco afastado do cenário político e agora volta com tudo. Esse é um renascimento da família Pavan na política?

Leonel Pavan: Na verdade, nós nunca ficamos fora porque quando eu parei, a minha filha estava como vereadora e ela estava fazendo um trabalho que estava mantendo vivo o nome. Ela despontava já politicamente na cidade e é claro que ela ganhando em Balneário Camboriú, que é considerada a filha de Camboriú e o pai, sendo prefeito na “cidade pai”, que é Camboriú, é claro que isso dá uma consistência maior, mostra a força do sobrenome. E acima de tudo, a gestão que eu fiz como prefeito. Fomos içados de novo para compromissos populares agora, pai e filha e o fato de estarmos juntos, temos muito mais condições de fazer pelas duas cidades.

Olhar do Vale: A vitória de vocês dois (pai e filha) teve todo um simbolismo que foi aquele abraço na ponte que divide as cidades, isso quer dizer que não existe mais limites entre os dois municípios?

Leonel Pavan: Nós fizemos a campanha da seguinte forma: existia um muro imaginário, um muro virtual, que dividia as duas cidades. Uma que podia tudo e a outra que não podia nada, uma que era rica e a outra que era pobre, uma que tinha emprego e a outra que tinha trabalhador e nós nos propusemos a romper esse muro imaginário. Quando deu o resultado dela e o meu, ela quis me dar um abraço, ela estava numa carreata e eu não sou a favor da carreata, eu estava num encontro com populares, ela disse que ia me dar um abraço. E foi aí que surgiu, vamos nos encontrar onde? Para não ir para a carreata, nem você ter que vir a Camboriú, vamos nos encontrar na divisa, vamos romper esse muro neste dia. E eu fui, eu com mais duas pessoas, um que estava cuidando da minha parte de internet e outro motorista e nos encontramos. Foi uma emoção muito grande, foi um fato que marcou, ela chorava muito por nós termos dito, “este muro será rompido” e eu também me emocionei com isso. O rompimento começou e começaram os projetos estão sendo executados já juntos.

Olhar do Vale: Eu gostaria de saber o que o senhor pretende para Camboriú e, obviamente, esse encontro das cidades, porque querendo ou não está tudo na mesma família, passa a ser mais do que um horário de expediente normal, passa a ser o final de semana também as discussões nessa questão. Então, o que o senhor pretende fazer para Camboriú e Balneário Camboriú dando esse suporte?

Leonel Pavan: Um exemplo que as coisas passaram a ser discutidas em casa foi num recente fim de semana, nós fazendo uma moqueca, eu e ela, nesse almoço, nós ficamos discutindo o que as equipes de transição estariam já pedindo para cada prefeitura. Mas, eu podia citar por exemplo, vamos começar pelo trânsito. Se você for agora das quatro horas e meia, cinco horas, retorna a Camboriú, você vai demorar no mínimo uma hora e meia para chegar a Camboriú, para fazer cinco, seis quilômetros. De manhã cedo, às sete horas, às oito horas e vice e versa, demora para chegar em Balneário Camboriú. Há cento e vinte anos atrás, tinha três acessos, até hoje, só tem três acessos. E o propósito nosso é fazer os acessos em conjunto, não adianta trazer o acesso até o Rio Camboriú se não tiver ponte. Lá fora, não adianta fazer o acesso até o Rio Camboriú se não tiver ponto pra cidade vizinha, então nós vamos construir os acessos em conjunto. A questão da água, Balneário Camboriú não tem produção de água, aqui um poço artesiano, principalmente a Barra Sul, é salobra, o rio Camboriú, é o santo rio Camboriú, que alimenta praticamente mais da metade da cidade. E o Rio Camboriú, todas as nascentes, que é o rio mais curto do Brasil e formado de água potável das nascentes de Camboriú. Se as nascentes sofrerem alguma catástrofe climática, Balneário fica sem água. Então nós temos que fazer a produção de água, o resguarde de água lá em Camboriú e o tratamento de água em Balneário Camboriú. Trazer o cuidado da água para as duas cidades não faltarem. A questão do esgoto, Balneário Camboriú tem praticamente 100% de rede de esgoto mal tratada. Camboriú não tem um metro de esgoto e é melhor tratada que Balneário Camboriú. Balneário é uma lagoa, abre a lagoa e vai direto pro rio, então o esgoto precisa ser feito em parceria com as duas cidades. O esgoto de Camboriú poderá prejudicar o de Balneário. Então eles precisam, os investimentos têm que ser em conjunto. Segurança, em Balneário tem a guarda municipal, Camboriú não tem. Nós precisamos remontar a Guarda Municipal das duas cidades e a Juliana propôs uma central de atendimento para os dois municípios, então a segurança será em conjunto. O transporte público, 40 mil pessoas vêm todos os dias de Camboriú para Balneário Camboriú, para chegar até aqui é um sacrifício, para chegar até Balneário Camboriú. Transporte precário, rodovia precária, acessos horríveis, chega atrasado no serviço, então nós temos que montar um transporte público integrado, nas duas cidades. Se possível, vamos ver ônibus elétricos, mas a proposição é pelo transporte integrado. Transporte público, segurança, água, esgoto e acessos, são fundamentais. Porém tem um outro setor, Balneário Camboriú tem os prédios mais caros do Brasil, os apartamentos e tem uma praia, só tem a praia, quem gasta R$ 10,15,20 milhões, olha pra trás e encontra umas encostas maravilhosas com turismo rural, que muitas vezes encontra em Urubici, Bom Jardim, São Joaquim, Rancho Queimado e aqui está a 5,6,7 quilômetros, uma sincronia integrada, então o cara vai poder vender o apartamento aqui anunciando a praia e a 7 ou 8 quilômetros atrás o turismo rural, ele vai levar o filho, levar a bicicleta, fazer um piquenique, curtir a natureza, curtir as cachoeiras, então vai poder integrar um turismo sustentável. O turismo da natureza, não apenas do equipamento da roda gigante ou de teleférico, não. É o turismo do contato com a natureza, esse é um outro setor fundamental. Outra questão é que Balneário Camboriú não tem ensinos profissionalizantes e nem tem escolas para tanto, aqui tem a mão de obra qualificada e a mão de obra está lá dela, aqui tem a obra, tem a vaga de serviço, a mão de obra tá lá. Os cursos profissionalizantes tem que ser lá, tem que ser integrado completamente. E tem também o Parque Inundável, que é um parque que queremos fazer para 600 mil metros de depósito de água, que é a garantia de água para Balneário Camboriú e lá aproveitar para o turismo, turismo aquático, turismo de pesca, turismo náutico, é isso que nós vamos fazer junto.

Olhar do Vale: Qual o principal gargalo que o senhor vê na cidade de Camboriú que precisa em 1º de janeiro, assumir a prefeitura e começar a mexer?

Leonel Pavan: Bom, primeiro é resgatar a autoestima. O povo lá se sente muito abatido, 91% depende do SUS, não tem hospital, 91% do povo depende do SUS então imagina a diferença social que existe. E resgatar a autoestima é você dizer que essas coisas vão acontecer, é você começar a tirar do papel o que está escrito. Tudo que eu lhe falei agora, tirar do papel e começar a botar em prática, nós já tivemos reunião com uma empresa para construir um hospital, nós temos que construir hospital, nós temos que construir UPAs, não tem UPAs. Os laboratórios, as assistências de saúde é precário. Quando você começa a dizer que vai fazer as coisas, você resgata a autoestima, começa a ter, opa, Camboriú vai ser promissor, mas uma coisa impactante que nós temos que agrar aos olhos. A cidade é impressão, o ser interiorana, dá impressão, tudo diferente, tu sai daqui de ruas floridas, lindas, bonitas, coleta de lixo perfeito, não tem lixo na rua. Tu passou a BR-101, tem lixo na rua, então tu tem que fazer a limpeza, tu tem que dar uma conectada, tem que dar um impacto visual na cidade também. Como fazer isso? De cara já não poderia fazer isso porque eu tenho que fazer licitação, tenho que fazer carta convite, tem aqui a praia bombando com mais de 500 mil pessoas. Mão de obra aqui, mão de obra falta lá, então você precisa, pelo menos, de alguns dias, mas eu pretendo dar um impacto visual de cara. E depois, começar a planejar todos os projetos que nós pretendemos. Eu tenho muita lenha pra queimar e tô com vontade, tenho 70 anos, tô montando uma equipe de trabalho. A equipe que vai trabalhar comigo sabe que eu cobro, nós vamos mudar a história de Camboriú, vai crescer. Em 2045, ja uma previsão segundo o IBGE, de ter mais moradores em Camboriú do que Balneario Camboriu. Nós vamos inguinar áreas, para a área industrial, chego a dizer para as pessoas o seguinte “Comprem terreno em Camboriú, invistam em Camboriú”, se comprar agora qualquer imovel em qualquer lugar, qualquer cantinho, final do ano que vem vai estar 3x mais o valor do imovel, Camboriu é a bola da vez.

Olhar do Vale: A transição, como está?

Leonel Pavan: Fomos muito bem recebidos pelo prefeito, nós vencemos o prefeito, mas ele nos recebeu muito bem, diferente de Balneário Camboriú. Em Camboriú, o prefeito nos recebeu, fez um café, sortido, recebeu todos os nossos ofícios, uma hora e quinze, uma hora e vinte de conversa educada pra frente. Em Balneário Camboriú foi menos de 15 minutos de reunião com uma garrafa da água, eu disse “Minha filha coitada de você querida”, eu achava que aquelas pessoas que eu criei, que comigo se criaram, tivessem um pouco de gratidão, com a filha do seu criador, te atenderam muito mal. Em Camboriú foi diferente, em Balneário foi vergonhoso. Foi a cidade mais politizada, mais rica, proporcionalmente uma cidade de mais equilíbrio, que dizem, no entanto, os gestores, muito mal educado. Infelizmente, crias minha.

Olhar do Vale: Ao final desses quatro anos, obviamente que vai uma candidatura à reeleição, mas ta muito cedo para falar disso, como que o senhor quer ser reconhecido ao final de quatro anos de mandados lá em Camboriú?

Leonel Pavan: Como um cara que promete e faz. Eu quero ser reconhecido como o cara que fez, ou seja, prometeu e cumpriu, não precisa ser nada mais do que isso. Eu vou estar com 74 anos quando eu sair, com muito mais experiência, com mais conhecimento e que com a imagem: “Pô, o cara fez”, essa é a palavra mais linda. E a gratidão é a coisa mais linda que existe no ser humano, gratidão, tu não ama muito as pessoas, tu é grato pelas pessoas, você não ama Jesus, você é grato por Jesus que fez por nós, é grato por Ele. Você, às vezes, não ama um amigo que é grato pelo que o amigo te fez. A gratidão é fundamental e eu sou grato por Camboriú, porque eu nunca perdi uma eleição de Camboriú. Então, eu quero ter essa gratidão com o povo de Camboriú e com essa cidade. Meus bens, que não são poucos, são de Camboriú, desde quando meu pai veio pra cá, fazenda, sítios, terrenos, minha construtora, minha pousada, elas são desde muito tempo em Camboriú, é uma cidade que eu vivo ela. E o estilo dela tem muito a ver com a minha vida, o estilo interiorano, de fazer um piquenique, de visitar a família, de um final de semana a família poder se reunir, fazer um porco, fazer uma carne, fazer uma dobradinha, fazer uma feijoada, fazer um carreteiro, isso é muito coisa a ver com Camboriu, bem diferente de Balneário Camboriú que tem uma vida mais elitizada e em Camboriú uma vida mais focada nesse contato em família, contato com as pessoas, sem menosprezar o estilo que Balneario Camboriu vive, voce curte as avenidas, os restaurante, la tu curte o buteco, a igreja, lá tu curte o vizinho, a família, o sítio, a cachoeira, o encontro da roça é bem próximo. É difícil ter duas cidades assim no Brasil, de uma, é o metro quadrado mais caro do país, riqueza exuberante, tu anda na rua, Porsche, Ferrari. Não, que não é tanto, tu encontra carroça, charrete, tem praça, passeio a cavalo, os rodeios, isto tem muito a ver com a minha vida.

Olhar do Vale: Relação com a câmara de vereadores…

Leonel Pavan: Eu nunca governei com a maioria na Câmara de Vereadores mas nunca tive problemas com ela, porque projeto se for ruim tem que ser reprovado, é ruim, não presta, devolve, não serve, é bom, a oposição vai votar também. Quando é bom não tem um vereador que vai ser contra porque é contra, tem que convencer que é bom. Se é ruim, até os que me apoiam também têm que dizer “Retira o projeto”. Eu sempre governei assim, nunca tive uma conta rejeitada nos meus três mandatos e nunca tive uma lei reprovada na Camara Municipal, e nunca tive a maioria. E fiz embates com a Câmara, mas projetos não tem parte pessoal, moral, a velocidade do estilo, o projeto não tem cor partidária, o projeto não tem partido, não tem ideologia, o projeto é bom ou é ruim, então tem que mandar se é bom.

Olhar do Vale: O senhor esteve em Brasília conversando com o vice-presidente e ministro Alckmin, qual foi o principal assunto?

Leonel Pavan: Primeiro: eu fui a Brasília ver o que o município tem, eu me relaciono bem com Brasília, e quando eu fui lá, fui me apresentar para ele, fazer contas, ele foi padrinho do meu filho de casamento. E ele veio no casamento dos meus dois filhos, da Juliana, no primeiro, e no segundo, padrinho do meu filho e ele passou o aniversário dele no casamento do meu filho, tenho uma relação boa com ela. E assim que se faz a política, é no diálogo, é melhorar o relacionamento, é no convencimento. Se eu me dou bem com ele e tenho uma boa relação, eu vou ter que mostrar pra ele que o seu amigo está governando uma cidade que precisa de ajuda. Ninguém melhor nesse Brasil do que o governo brasileiro para ajudar, o presidente, o vice-presidente e os ministros e os parlamentares, e é isso que eu fui fazer. Essa histório de direita e esquerda nos envergonha, direita e esquerda é questao ideologica, quando voce tem um pais com problema de comunismo, ideologia. Os municípios não tem que ter essa história de diretora e esquerda, os municípios têm que fazer pelo povo. Quando uma pessoa entra numa igreja, não se pergunta se ela é da direita ou da esquerda, quando um cara faz um concurso público, não se pergunta se ele é da direita ou da esquerda, quando vocês conversam com alguém, dão a mão pra alguém na rua, tu diz, ó, como é que vai, tudo bem?, tu não faz nada da direita, então eu não dou a mão, mas da esquerda, então eu dou a mão, isso não existe. A minha bandeira é Camboriú, é com a direita, é com a esquerda, é com o centro, é com o evangelho, é com os católicos, vou governar com a sociedade e é assim que eu vou fazer. Eu era do PDT, de esquerda, e as minhas ações em Balneário eram de direita, eu fiz a concessão primeira do Brasil com o lixo, coleta de lixo, manutenção de rua, capinação de rua, decreto de jardim, limpar a praia, a primeira concessão do pais fui eu que fiz, eu fiz a primeira concessaõ com iniciativa privada, instalar o Teleférico, instalar o Cristo Luz, 100 anos pro Cristo Luz, 20 anos pro Teleférico, 20 anos pras marinas. Cobrava pra entrar aqui na cidade, ônibus pra entrar pagava, de esquerda e atitude direita, que o que valia é a cidade .Esquerda o partido, mas a minha atitude de direita. Mas também atitudes de esquerda, quando nenhuma criança ficava, nos fim de semanas, sem dois pacotes de leite longa vida e seis pães de cachorro quente por semana. Ia pra casa com os pães, pra durar sete dias, e dois pacotes de leite de longa vida, porque não tinha geladeira em casa. Atitude de esquerda. Cobrar pra entrar na cidade, porque os homens entravam e ficavam sem, de direita. A direita é conservadora e a esquerda é mais liberal, é assim, eu vou governar sem história de ideologia partida. “Ah, o Pavan foi falar com o Alckmin” E Dai, vou falar com quem? Ele ficou uma hora e quinze comigo, uma hora e doze minutos exatamente, enquanto do lado tinha seis do G10 esperando pra falar com ele, uma hora e doze minutos ele falando comigo e o meu procurador do município. Enquanto do lado, tinha um encontro de G10 em Brasília, seis querendo falar com ele. E eu que pedi para sair, me levantei e pedi pra sair, ele não pediu pra sair, fez a relação do que eu precisava.

Olhar do Vale: A relação vai ser boa então com o governo federal?

Leonel Pavan: Claro, é óbvio. Eu quando era senador, eu era muito duro contra o Lula, espero que ele não se lembre disso. Cobrava muito, o senador da república era o fiscal, tinha que cobrar, tinha que exigir. Agora a cidade que eu vou governar faz parte, é uma célula deste Brasil, é um pedaço desse corpo do Brasil, essa célula desse Brasil e Camboriú. Então eu vou dizer “Olha isso aqui faz parte do país que você governa, se deixar doente pode afetar os outros”. É 213 quilômetros quadrados com quase 120 mil habitantes, 40 mil trabalhadores para Balneário Camboriú, no entanto ¼ do que rende de orçamento de Balneário Camboriú, não tem 500 milhões por ano.

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