Fenaostra ressalta a importância de valorizar a cultura da Ilha

Com atrações locais e nacionais, o público que marcou presença na 22ª Fenaostra (Festa Nacional da Ostra) aproveitou para se divertir e para degustar novidades no cardápio do evento. Com opções como o “prato manezinho”, com valor fixo de R$ 35, de terça-feira (3) até domingo (8), o CentroSul foi palco da celebração da cultura e gastronomia da Capital.

Principal iguaria do festival, a ostra é símbolo da culinária manezinha - Foto: Germano Rorato/ND

Principal iguaria do festival, a ostra é símbolo da culinária manezinha – Foto: Germano Rorato/ND

Ao todo, foram seis dias de evento e atrações que incluíram apresentações de bandas como Pixote, Yasmin Santos, Quinteto S.A. e Dazaranha, além da abertura do Carnaval 2025.

Fenaostra une comerciantes e visitantes

No caso de David Carriconde, que antes participava como produtor e agora está presente com o Nacanoa Oyster Bar, a festa foi uma chance de evidenciar o produto que é produzido em Florianópolis, comercializado e amado em todo o país. “Sou produtor há 20 anos, então acho importante não só pela movimentação interna da festa, pelo faturamento, para os restaurantes que vêm servir os seus pratos, mas para acender essa questão da relevância da ostra”, conta o comerciante.

Para o gerente do Vereda Tropical, Bruno Alexandre Schveitzer, um dos dias com o maior número de público foi na sexta-feira, com o show da banda Pixote, momento que os visitantes aproveitaram para conhecer novos sabores da Fenaostra. “Tivemos um carro chefe na casa, nosso bolinho de siri, que é uma receita tradicional da família e que saiu bastante. Também tivemos estrogonofe de ostra, risoto de camarão e risoto de ostra.”

Público da Fenaonstra saboreou diversos pratos com a ostra como protagonista - Foto: Germano Rorato/ND

Público da Fenaonstra saboreou diversos pratos com a ostra como protagonista – Foto: Germano Rorato/ND

Além de ser uma oportunidade para quem é daqui, o evento desperta a curiosidade daqueles que são novos na cidade, como a geógrafa Isabel Quintana Contreras, que se mudou de São Paulo há quatro anos. Provando o pastel e a moqueca de ostra, a sensação é de pertencimento à nova residência. “Foi maravilhoso. Vim antes que acabasse para não perder, porque é uma tradição que estou conhecendo.”

A professora de ballet Margot Lago Philippi, que marcou presença nos dois últimos dias da Fenaostra, destaca a exposição de artesanato como um dos diferenciais desta edição. “Temos que valorizar a cultura da ilha, para poder seguir essa tradição, e a cada ano transmitir às novas gerações”, fala a visitante.

Provando o “prato manezinho”

Uma das novidades deste ano foi a opção de escolher um prato fixo no valor de R$ 35, opção que foi anunciada pelo prefeito Topázio Neto (PSD) para atender a demanda nos quiosques de praia e que foi incluída no cardápio da festa.

Com a opção de colocar como proteína peixes e frutos do mar, a alternativa foi uma das mais solicitadas em alguns estabelecimentos, como no caso do Rancho Açoriano, que participa da festividade desde a primeira edição. “Foi o prato de refeição que mais saiu, tirando os aperitivos”, comenta o proprietário Bruno Dias Gonçalves.

Participando pelo segundo ano, a proprietária do Petiscos da Dai, Daiane Regina Cunha, também observou a demanda pelo opção. “Servimos salada, arroz, pirão, filé de espada e batata frita. Vendemos, em média, 250 pratos.”

"Prato manezinho" custa R$ 35 e tem arroz, batata frita, pirão, uma porção de frutos do mar e é acompanhado de um copo de bebida - Foto: /Instagram/Reprodução/ND

“Prato manezinho” custa R$ 35 e tem arroz, batata frita, pirão, uma porção de frutos do mar e é acompanhado de um copo de bebida – Foto: /Instagram/Reprodução/ND

Aceita uma cachaça?

Com o retorno das bebidas alcoólicas no cardápio da Fenaostra, há quem tenha se aventurado em novos sabores. Na Labrusca Vinhos, o foco estava naquilo que é produzido na Serra Catarinense e no Rio Grande do Sul.

No primeiro ano participando do evento, foram comercializadas 700 taças de vinho. “Priorizamos os brasileiros, principalmente os catarinenses, e percebemos que as pessoas ainda não conhecem a serra. Além da venda, foi um momento de divulgação”, conta o proprietário Rodrigo Colognese.

Outro diferencial estava na cachaça oferecida pelo estabelecimento, com um processo de produção pensado para aprimorar o sabor e as características da bebida feita com a cana-de-açúcar. “Criamos a cachaça exclusiva do Fenaostra. Tem a lenda aqui do manezinho, que tem que beber uma cachacinha quando come ostra, para queimar o veneno. Desenvolvemos uma que envelheceu em Inox e outra que envelheceu em três madeiras brasileiras.”

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