Ministro do Interior da Coreia do Sul pede demissão


Presidente, que escapou do impeachment no último sábado (7), acatou decisão. País vive crise política após tentativa de restringir direitos civis. Lee Sang-min, durante entrevista coletiva, em 7 de novembro de 2019
Kim Seung-doo/Yonhap via AP
O ministro do Interior da Coreia do Sul, Lee Sang-min, apresentou o pedido de demissão neste domingo (8), durante uma profunda crise política no país, agravada após uma tentativa fracassada de decretar a lei marcial (que restringe direitos civis) na última semana. O presidente Yoon Suk Yeol, que escapou do impeachment, acatou a decisão.
Lee renunciou “em um grave reconhecimento de sua responsabilidade por não servir bem aos cidadãos e ao presidente”, afirmou o jornal “JoongAng Ilbo.”
Decreto da lei marcial
Presidente da Coreia do Sul decreta lei marcial; entenda o termo
Na terça-feira (3), Yoon acionou um dispositivo constitucional para implementar a lei marcial, substituindo a legislação normal por leis militares, fechando a Assembleia Nacional e colocando setores como a imprensa sob controle do governo. Horas depois, a medida foi revogada.
A decisão ocorreu em um contexto de baixa aprovação do presidente e de trocas de farpas entre o governo e os deputados.
Yoon havia defendido o decreto como uma maneira de proteger a Coreia do Sul de aliados da Coreia do Norte que estariam infiltrados no país. A lei, no entanto, sofreu uma série de reações negativas e levou milhares de sul-coreanos às ruas.
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