A cidade de São Paulo agora conta com uma praia às margens da Marginal Pinheiros, próxima ao Parque Cândido Portinari — onde está localizada a maior roda-gigante da América Latina — e próxima a escritórios do mundo corporativo paulistano.
Apelidada de “Prainha de Paulista”, o local integra uma ação da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para a Virada Sustentável 2024, que acontece até 8 de dezembro.
A praia no rio conta, além da areia importada do litoral, com atrações como beach tennis, yoga, música, atividades para crianças, stand-up, circo, dança e DJs, tudo ao ar livre — e embebido com o inconfundível aroma do Rio Pinheiros.
Pets e bebidas alcoólicas não são bem-vindos, mas o clima de happy hour predomina, como mostram imagens que viralizaram nas redes sociais.
No centro da praia, há uma instalação artística chamada Onda, do artista Eduardo Baum, feita com mais de 30 mil recicláveis em formato de onda. O objetivo é ampliar a conscientização sobre o descarte adequado de lixo e a importância da reciclagem.
O Rio Pinheiros, assim como o Tietê, ambos margeando a cidade de São Paulo, sempre foi sinônimo de grande acúmulo de lixo, especialmente garrafas PET.
Há décadas, a cidade tenta tornar os rios de São Paulo utilizáveis para a população e navegáveis por embarcações. O estado já investiu cerca de R$ 30 bilhões nos últimos 30 anos.
O Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) está desassoreando os 25 quilômetros do Rio Pinheiros, desde a Usina Elevatória de Pedreira até o encontro com o Rio Tietê, para permitir a navegação de embarcações.
Na gestão do ex-governador João Doria, foi iniciado um projeto de despoluição de 25 quilômetros e a implementação de 650 mil novas ligações de esgoto, inspirado em um modelo semelhante ao de Puerto Madero, em Buenos Aires.
Desde 2023, um painel chamado “Lixômetro” monitora a quantidade de entulho retirado do rio, que já ultrapassa 66 mil toneladas.
Embora a qualidade da água tenha melhorado visivelmente, e a orla seja cada vez mais frequentada por ciclistas e pedestres, uma avaliação do SOS Mata Atlântica ainda aponta uma qualidade péssima.
Apesar dos desafios, a Prainha tem sido bastante procurada pelos visitantes. Embora a entrada seja gratuita, é necessário retirar ingressos devido à limitação de público no local. Hoje, por exemplo, os ingressos estão esgotados.