Impulsionado por ESG, mercado de capitais brasileiro atinge R$ 633 bi em captações

O mercado de capitais brasileiro alcançou um marco histórico em 2024, registrando captações superiores a R$ 633 bilhões até outubro. Esse desempenho foi impulsionado por instrumentos como debêntures e fundos de investimento imobiliário (FIIs), além da crescente adoção de critérios ESG (ambiental, social e governança) nas estratégias de investimento.

Em entrevista ao BM&C News, Cássio Rufino, CFO e CEO da MZ, destacou que o cenário global desafiador posicionou o Brasil como um destino atrativo para investimentos. Segundo Rufino, “o mercado de capitais e de dívida se consolidou como uma alternativa sólida ao mercado tradicional de crédito.”

O papel do ESG na transformação do mercado

Os critérios ESG têm desempenhado um papel central na reconfiguração das estratégias de emissão e captação no mercado. Rufino explicou que o volume de ativos sob gestão em fundos ESG no Brasil cresceu significativamente: “O volume passou de alguns bilhões em 2018 para dezenas de bilhões de reais em 2024. Esse movimento reflete a mentalidade dos investidores, que buscam combinar retorno financeiro com impacto ambiental e social positivo.”

Ele também destacou que os FIIs estão cada vez mais direcionados a empreendimentos sustentáveis e com práticas de governança responsáveis, reforçando a relevância do ESG no mercado. “O objetivo de uma companhia é gerar valor perpétuo, e nada mais íntegro do que ter o ESG como essência da companhia”, afirmou.

Comunicação financeira como diferencial

Rufino enfatizou a importância da comunicação financeira na era ESG. Para ele, a transparência e a clareza na apresentação de dados são fundamentais para criar laços com stakeholders e atrair investimentos. “A comunicação financeira é mais do que informar números; é sobre contar histórias e conectar dados técnicos com vínculos emocionais e racionais”, explicou.

Ele ressaltou que as empresas precisam integrar os objetivos de ESG em suas estratégias e saber comunicá-los de forma clara e envolvente: “Isso inclui traduzir dados para a realidade e destacar os benefícios concretos para os investidores tomarem as melhores decisões.”

Competitividade e sustentabilidade

O equilíbrio entre ESG e competitividade financeira foi outro ponto abordado. Segundo Rufino, as empresas precisam investir em infraestrutura sustentável, inovação e eficiência operacional para alinhar impacto positivo com retorno financeiro. “A chave está em integrar esses objetivos de ESG à comunicação, sempre destacando os benefícios concretos para os stakeholders”, disse.

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