Osklen: agora vai no e-commerce?

A Osklen, uma marca de roupas de luxo com um viés sustentável, está apostando forte na frente de comércio eletrônico, visando dobrar a participação do canal nas vendas, para algo em torno de 30% do total. 

Para isso, a empresa apostou num novo site, cujo design foi entregue pelo Aparelho Studio, uma consultoria carioca especializada em lojas online.

Também esteve envolvidos no projeto a Deco.cx, outra empresa carioca, dona de uma plataforma digital para e-commerce que recentemente levantou US$ 2,2 milhões na rodada seed liderada pela Maya Capital e atende 65 clientes, incluindo Zee.Dog e Embelleze, outras marcas com uma certa dose de “malandragem”. 

A parte de desenvolvimento ficou com a Quality, uma empresa paulista com atuação na área de comércio eletrônico.  

A Osklen vem embalada no online. Segundo uma matéria do Meio e Mensagem, no que vai de ano até maio, o volume de vendas digitais cresceu 32%. 

As mudanças fazem parte de uma sacudida liderada por Oskar Metsavaht, que está de volta no comando da empresa que fundou no final dos anos 80.

Em 2021, o grupo DASS, uma empresa industrial catarinense pouco conhecida que fabrica calçados e vestuário para marcas como Nike, Adidas e Under Armour, comprou 60% da Osklen que estavam na mao da Alpargatas. Os outros 40% seguiram na mão de Metsavaht.

Na época, foi divulgado que a Dass pagaria R$ 180 milhões em três parcelas anuais, além de uma parte variável de até R$ 60 milhões, condicionada ao atingimento de determinadas metas em 2022 e 2023.

Na época, a Osklen faturava R$ 380 milhões e o e-commerce representava apenas 10% disso (o que pelo visto não melhorou muito desde então).

A dificuldade, como reconhece Metsavaht em entrevista para o site Meio e Mensagem, é transportar a experiência das lojas para o digital. 

“Eu gosto de dizer que as lojas são um palco, um cenário de uma peça teatral. Temos que encantar o cliente. Para mim, vender é secundário. Talvez isso seja um espírito de artista, mas é um prazer é encantar as pessoas com nosso estilo, conceito, serviço, design. Passar isso para o e-commerce é um desafio”, confessa Metsavaht.

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