Três homicidas são condenados a 66 anos de prisão por morte de homem em Maceió

Três réus envolvidos nas operações ‘Damas do Crime’ e ‘Cruz das Almas’ foram condenados, somadas todas as penas, a 66 anos e dois meses de reclusão. O júri durou mais de 14 horas e foi encerrado na noite da última quinta feira (12). A informação foi passada pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), que denunciou o trio.

O promotor de Justiça Rodrigo Lavor convenceu os jurados que Carlos Alexandre de Mesquita, Felipe Lopes da Silva e Rafael Diego Peixoto, todos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), cometeram homicídio triplamente qualificado contra Luiz Henrique Custódio de Araújo.

Rafael Diego foi quem recebeu a pena mais alta: 32 anos, sete meses e 15 dias de reclusão. Já Carlos Alexandre foi sentenciado a 28 anos, seis meses e 14 dias, enquanto Felipe terá que ficar custodeado por quatro anos, 11 meses e 15 dias.

A tese sustentada pela 48ª Promotoria de Justiça da capital foi de homicídio triplamente qualificado, praticado por motivo torpe, meio cruel e com emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Tal crime está tipificado no art. nº 121, §2º, incisos I, III e IV do Código Penal. A acusação do MPAL também foi de organização criminosa qualificada, prevista no art. nº 288, também do mesmo regramento jurídico.

“Atuamos requerendo a aplicação do rigor da lei, uma vez que o assassinato foi bárbaro. Com os réus devidamente condenados, o Ministério Público de Alagoas desempenhou o seu papel constitucional de promoção da justiça social, garantindo uma resposta penal proporcional, justa e necessária diante da brutalidade do crime praticado”, declarou o promotor de Justiça Rodrigo Lavor.

“A condenação é fruto de uma investigação minuciosa conduzida pela Polícia Civil de Alagoas, especialmente no âmbito das operações ‘Damas do Crime’ e ‘Cruz das Almas’, que comprovaram que os denunciados integravam, de forma ativa e relevante, o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores organizações criminosas do país”, completou o membro do Ministério Público.

O caso

Luiz Henrique Custódio de Araújo foi morto a tiros e pedradas na região da face, deixando seu rosto desfigurado, no dia 16 maio de 2020, no bairro da Cidade Universitária. Ele estava andando pela rua, próximo a um campo de futebol, quando foi surpreendido pelos réus que, sem darem qualquer chance de defesa à vítima, praticaram o homicídio. A motivação, segundo o MPAL, foi desavenças da vítima com uma das “damas do crime”.

À época do assassinato, os denunciados já tinham envolvimento com o PCC. Dentro da organização criminosa, eram envolvidos com os crimes de tráfico de drogas e homicídios por vários estados do país.

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