Ibovespa fecha em queda de 0,43% com tensões no oriente médio e alta do petróleo

O Ibovespa encerrou a sexta-feira (13) com queda de 0,43%, aos 137.212,63 pontos, refletindo as crescentes tensões geopolíticas no Oriente Médio após os ataques de Israel às instalações nucleares no Irã. O aumento do risco global, impulsionado pelo medo de uma escalada no conflito, afetou mercados internacionais, com quedas generalizadas nas bolsas da Ásia, Europa e Estados Unidos.

O mercado acionário brasileiro seguiu o movimento global, enquanto o índice de volatilidade VIX nos EUA subiu mais de 20%, demonstrando a aversão ao risco dos investidores. Além disso, a disparada do petróleo, que chegou a subir mais de 10% durante o dia, impactou diretamente o mercado. Mesmo com o recuo nos preços após a confirmação de que os ataques não afetaram campos petrolíferos, a volatilidade seguiu alta.

Em termos de ações, as maiores altas do Ibovespa ficaram por conta de Suzano e Petrobras. A Suzano teve um crescimento significativo após o banco Goldman Sachs elevar sua recomendação, destacando que seus papéis estão subvalorizados e podem se beneficiar da alta no preço da celulose. Por sua vez, a Petrobras acompanhou a valorização do petróleo, impulsionada pela tensão no Oriente Médio, e alimentou expectativas de que a companhia poderia anunciar dividendos extras.

No entanto, o dia foi marcado por perdas para empresas ligadas ao consumo e à curva de juros. CVC e Magazine Luiza foram as maiores quedas, com recuos superiores a 6%. O setor frigorífico também teve um desempenho negativo, com destaque para a Minerva, que caiu mais de 3% após a China autorizar a importação de carne de empresas americanas, o que aumentou a concorrência no setor.

Enquanto isso, o dólar também registrou leve alta, pressionado pela aversão ao risco global, que levou os investidores a buscar proteção na moeda americana. Já os juros futuros subiram, em meio à preocupação com a inflação global impulsionada pela alta do petróleo.

A próxima semana promete ser decisiva, com investidores atentos ao cenário fiscal no Brasil, a evolução da trégua comercial entre os EUA e a China, e os próximos passos do Banco Central brasileiro na Super Quarta.

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