Barco com ativista brasileiro que tentava romper bloqueio a Gaza chega a Israel

O barco Madleen, interceptado pelas Forças Armadas de Israel na noite de domingo (8), chegou nesta segunda-feira (9) ao porto israelense de Ashdod, próximo a Tel Aviv. A embarcação carregava o ativista brasileiro Thiago Ávila, bem como a sueca Greta Thunberg, o ator irlandês Liam Cunningham e outras nove pessoas.

O Madleen faz parte da Flotilha da Liberdade, iniciativa humanitária que tentava romper o bloqueio israelense a Gaza e entregar suprimentos aos palestinos no território, sob constante bombardeio de Tel Aviv. Até a tarde desta segunda, a organização ainda não havia se pronunciado sobre a chegada do Madleen a Israel.

O governo israelense também não informou se os tripulantes do Madleen foram levados para a prisão – anteriormente, Tel Aviv havia dito que eles seriam deportados aos seus países de origem. Por volta das 15h30 de segunda, a irmã de Ávila disse em comunicado que ainda não tinha contato com o ativista.

O Madleen foi interceptado pela Marinha israelense na noite de domingo, horário de Brasília, e a comunicação da Flotilha da Liberdade com o barco foi perdida. O veleiro partiu da Itália em 1º de junho com uma quantidade simbólica de alimentos e remédios com destino a Gaza, que enfrenta uma grave crise humanitária após Israel bloquear a entrada de ajuda por quase três meses, entre março e maio deste ano.

O incidente levou o Itamaraty a se manifestar na madrugada de segunda. “O governo brasileiro acompanha com atenção a interceptação, pela Marinha israelense, da embarcação Madleen, que se dirigia à costa palestina para levar itens básicos de ajuda humanitária à Faixa de Gaza e cuja tripulação, composta por 12 ativistas, inclui o cidadão brasileiro Thiago Ávila”, diz nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores.

A pasta mencionou a liberdade de navegação em águas internacionais, pediu ao governo israelense para libertar os tripulantes detidos, e destacou a necessidade de que Israel remova imediatamente todas as restrições à entrada de ajuda humanitária em território palestino.
Este texto está em atualização.

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