Mulher com pavor de médico descobre cisto gigante após ficar anos longe de consultórios

Megan Johnson não ia a um clínico geral ou a um ginecologista havia quase sete anos.

Sem plano de saúde, com medo de contas médicas e com um histórico de experiências negativas com médicos, o personal trainer evitou procurar ajuda profissional.

Mesmo quando a sua silhueta começou a se alterar drasticamente, a personal trainer não buscou ajuda médica. Ela preferiu confiar no seu próprio julgamento e em pesquisas na internet. A mulher de 28 anos, de Chattanooga (Tennessee, EUA), chegou a um “diagnóstico”: diástase abdominal.

“A minha barriga estava ficando maior e mais larga”, disse Megan, de 28 anos, à revista “People”. Ela começou a notar pequenas mudanças em 2021, após a formação de um cisto, que acabou se rompendo.

Dois anos depois, ela começou a sentir inchaço intenso e dores menstruais, além de ganho de peso na barriga. Ela percebeu que havia algo errado quando seu umbigo começou a mudar de para dentro para fora, e o meio de seu abdômen pareceu se partir.

Curiosa para saber mais sobre seus sintomas, ela pesquisou na internet e descobriu a diástase dos retos abdominais, uma condição em que os músculos retos abdominais se separam.

Depois de aprender a fazer o teste caseiro, a personal se convenceu de que a diástase dos retos abdominais era a culpada pelos seus sintomas. Ela decidiu lidar com a situação da melhor forma possível sozinha. Com o tempo, ela começou a acreditar que a diástase dos retos abdominais, aliada ao armazenamento de gordura visceral e ao desequilíbrio hormonal, estavam causando mudanças em seu corpo. Em menos de um ano, Megan ganhou mais de 4,5 quilos e não conseguia mais vestir as suas roupas.

A americana evitava ginecologistas e médicos comuns devido a experiências em que se sentiu rejeitada em consultórios, que ela classifica como “relações tóxicas”. Depois de perder o seguro de saúde dos pais e, mais tarde, do emprego, ela optou por não renovar sua cobertura.

“Senti que era um desperdício de dinheiro e então parei de ir”, declarou.

No entanto, ao longo de um período de cinco a seis meses, ela começou a notar um crescimento drástico ao redor do abdômen, deixando-a irreconhecível e cheia de dúvidas, especialmente para o futuro da sua carreira profissional.

Johnson era saudável e treinava com pesos, mas apesar de fazer tudo “certo”, nada parecia funcionar. Essa desconexão a fez se sentir uma “fraude” para os seus clientes.

Foi somente quando ela compartilhou sua história no TikTok que tudo começou a mudar, à medida que os seguidores inundavam seus comentários com preocupação e incentivo para buscar respostas reais. O que ela descobriu depois de finalmente ir ao pronto-socorro a deixou atordoada, mas de alguma forma aliviada.

Estranhos inundaram a sessão de comentários com diversos questionamentos, com alguns até perguntando se ela estava grávida. E era mesmo o que parecia. Foi então que ela percebeu que a diástase abdominal poderia não ser a única raiz de seus problemas de saúde.

“Foi uma loucura. Um exército de mulheres veio me socorrer, sabe, dizendo: ‘Foi exatamente isso que eu passei. Você se parece comigo sempre que passei por isso’.”, recordou ela. Fiquei confiante e pensei: ‘Ok, sabe de uma coisa? Isso pode ser um problema maior do que eu imaginava. Vou dar uma olhada’.”, emendou.

Em 1º de maio, Megan procurou um pronto-socorro. Após uma série de exames e tomografias, foi confirmado que Megan tinha realmente diástase abdominal. No entanto, ela também foi diagnosticada com um cisto ovariano do tamanho de um recém-nascido. Para ser mais preciso, de acordo com o laudo: “massa cística maciça que se estende do quadrante superior esquerdo até o assoalho da pelve, medindo até 48 centímetros”.

Foi um alívio para Megan. Ela encontrou até o humor perdido chamando o cisto de “Cysterella”.

Em 22 de maio, Johnson passou por uma cirurgia bem-sucedida e 12 quilos de líquido foram drenadoas do seu corpo.

Infelizmente, os médicos tiveram que remover um ovário e uma trompa de Falópio durante o processo de retirada do cisto, o que Johnson sabia que era uma possibilidade. Em relação à diástase dos retos abdominais, os médicos de Johnson esperam que ela melhore com o tempo, principalmente agora que a principal causa de todos os seus problemas foi resolvida.

“Não sofra em silêncio”, aconselhou a americana.

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