Aprendendo a empreender – educação empreendedora avança substituindo o improviso por um ecossistema de inovação e conhecimento

Uma chefe do financeiro de um grande hotel de Maceió que largou tudo por uma marca de panos de prato estilizados. Uma técnica em segurança do trabalho que virou massoterapeuta retomando um antigo curso que nunca havia colocado em prática. As histórias de Janaína Ramos e Rubiana Florentino serão contadas nesta reportagem por serem exemplos clássicos de duas situações que ilustram e servem de inspiração para o empreendedorismo contemporâneo. Com um negócio promissor em mãos, mas sem nenhum “manual de instruções”, deram os primeiros passos na marra, às cegas, até enxergaram que, para atingir crescimento e sustentabilidade, era necessário conhecimento, estratégia, enfim, era preciso aprender a empreender. E elas foram fundo. Somadas, fizeram quase uma centena de cursos, mentorias e consultorias focadas em empreendedorismo.

Se o censo comum de outras gerações dizia que era preciso “ter tino para os negócios”, hoje, o empreendedor começa a deixar o improviso para trás buscando se inserir em um ecossistema de inovação e conhecimento que pode começar desde as séries iniciais escolares, cursos e mentorias técnicas, alcançando, mais recentemente, os bancos das universidades em cursos de graduação e especializações. Uma cadeia de informação e experiências que pode transformar o cenário empreendedor de um país onde os pequenos negócios já responde por 27% do PIB, mas que tem na falta de planejamento um dos grandes vilões da mortalidade das empresas.

JANAÍNA: DEZENAS DE CURSOS E CAPACITAÇÕES SEPARAM A VENDEDORA DE PANOS DE PRATO DA MENTORA DE PRÁTICAS FINANCEIRAS

Recentemente a contadora Janaína Ramos, 48 anos, realizou seu primeiro workshop sobre práticas financeiras para mulheres empreendedoras. Mas para entender a importância desse momento, precisamos retroceder e voltar a 2020. Em plena pandemia do coronavírus, com a mãe costureira um tanto depressiva por só fazer máscaras de proteção, muito vendidas naquela ocasião, ela resolveu decorar panos de prato com motivos nordestinos. O passatempo ganhou proporções inesperadas. Com dois meses de sucesso da marca, pediu demissão do hotel, fundou uma marca, a Panos de Cordel, começou a exportar para outros estados, e numa segunda virada de chave uniu o conhecimento acumulado em dezenas de cursos, a experiência empreendedora e sua bagagem sobre finanças e hoje oferece uma mentoria em práticas financeiras. Agora ela se prepara para um novo passo. Está se capacitando para uma seleção de consultores do Sebrae.

A sensação é de que ela foi de “zero a cem” muito rápido, mas entre um ponto e outro, a busca incansável por qualificação foi determinante. “Meu mundo sempre foi entre planilhas e números. Nunca pensei em empreender na minha vida. Criei o nome, ‘Panos de Cordel’, mas não era nada profissional nem pensando em expandir, era realmente um passatempo. A coisa tomou uma proporção tão grande, que fiquei assustada no início. E aí surgiu a necessidade de me aprofundar em informações sobre empreendedorismo, pois era uma realidade muito distante da minha. Então foi nesse processo que eu percebi a necessidade de estudar sobre empreendedorismo”, conta.

“O chamado empreendedor por necessidade, pela falta de conhecimento, ele termina colocando os pés pelas mãos, administrando mal o seu negócio e em pouquíssimo tempo termina fechando. É realmente uma área onde o conhecimento é extremamente necessário. E já existe curso superior na área de empreendedorismo. É muito importante que isso aconteça. Hoje sou uma pessoa totalmente voltada para o conhecimento”, avalia Janaína.

⇒ A “virada de chave”: subindo no palco do Trakto

Janaína cita alguns momentos-chave para a tomada de uma mentalidade empreendedora.

Eu comecei no curso gratuito “Efeito Furacão”, acelerador de negócios que buscava mulheres empreendedoras. Participei também do Empretec [seminário intensivo criado pela ONU e, no Brasil, promovido pelo  Sebrae], onde conheci diversas experiências de empreendedores pelo mundo. A virada de chave se deu a partir do momento em que fui me especializando, estudando, aprendendo. Despertei para o universo do empreendedorismo. Para avançar é necessário esse aprendizado. Tem muita informação que o empreendedor precisa mergulhar que pode influenciar diretamente no sucesso do seu negócio”, garante.

Ainda em 2021, ela subiu ao palco do Trakto, evento de tecnologia, inovação e empreendedorismo em Alagoas referência nacional em marketing e negócios.

“Me chamaram para fazer uma apresentação do meu negócio, de improviso mesmo. Eu me tremia toda, mas foi um sucesso. Quando acabei, as pessoas faziam fila para adquirir meus produtos”, lembra empolgada.

A história de Janaína se assemelha a de Rubiana Florentino que abriu mão da carreira como técnica em segurança do trabalho para se dedicar à criação dos filhos. Em 2022, no pós-pandemia, decidiu revisitar um antigo curso de massoterapia que havia feito. “Comecei no improviso, sem saber, sem conhecer. E foi aí que percebi: era preciso buscar conhecimento.”

“Foi no pós-pandemia, em 2022, que comecei a pensar no curso que eu havia feito de massoterapia. Mas fui no improviso. Comecei a empreender sem saber. Sem conhecer. E foi aí que percebi que era necessário ter mais informação. E fui buscar esse conhecimento”, relembra ela, empolgada com todo o conhecimento cujo ponta-pé-inicial foi o mesmo “Efeito Furacão”, evento do Sebrae onde Janaína também deu seus primeiros passos.

RUBIANA: “EU DESCOBRI O MUNDO”:

MUNIDA DE INFORMAÇÃO, ELA QUADRUPLICOU OS LUCROS

Para ilustrar a importância do conhecimento para os negócios, ela conta como deu um salto financeiro após se embrenhar em cursos, mentorias e capacitações.

“Com poucos meses, eu percebi que estava pagando para trabalhar. Eu Não tinha noção do que era empreender. Depois que comecei a buscar informação, em uma série de cursos, capacitações e mentorias, em seis meses de muito conhecimento adquirido, meu faturamento quadruplicou. Fui buscar conhecimento e parei de improvisar”, garante.

“Também participei do Sebrae Delas, um programa importantíssimo que incentiva e fortalece o empreendedorismo feminino. E fora isso fiz mentorias, participei de consultorias, eventos, palestras, feiras, são tantos aprendizados que perdi a conta “ diz ela, aos risos. Para não perder o hábito, atualmente ela participa do “Acelera Perifa”, programa do Sebrae Alagoas que ajudar a desenvolver o empreendedorismo em comunidades periféricas de Maceió.

“Com essas formações, aprendi coisas que eu nem imaginava que existiam, como posicionamento de marca. Esse conhecimento em trouxe o entendimento de que eu era uma empresa e não apenas uma autônoma que prestava um serviço. Mudei de rota e hoje me reconheço como empresária. Eu descobri que eu era uma empresa. Um CNPJ. Eu descobri um mundo”.

“O brasileiro ainda improvisa muito?”

No Brasil, historicamente, é muito comum  o chamado “empreendedorismo por necessidade”, quando se abre um pequeno negócio por conta do desemprego, por exemplo. E esse tem sido um grande fator da chamada mortalidade das empresas. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que quase 60% das empresas vão à falência nos primeiros cinco anos. E um dos principais causadores desses números negativos é a falta de planejamento.

Em estudo do Sebrae, sobre mortalidade de empresas fechadas em 2020, verificou-se fatores importantes como Menor conhecimento/experiência anterior no ramo e empreendedores que fizeram menos esforços de capacitação. E é aí que entra a educação empreendedora, que tanto influenciaram o sucesso de Rubiana e Janaína.

“O brasileiro ainda improvisa muito sim. Mas isso começa a mudar. Porque é importante sempre procurar orientação, seja de um consultor, um técnico que realmente tenha conhecimento na área”, sugere Francisco Bahia professor de administração de pequenas empresas; empreendedorismo e emprendedorismo e inovação na Faculdade Estácio, em Maceió.

A boa notícia é que essa realidade começa a mudar. “Acredito que isso começa a mudar, embora ainda tenhamos um caminho considerável a percorrer. A cultura empreendedora brasileira historicamente foi marcada por um empreendedorismo de necessidade – muitas vezes informal, nascido da falta de alternativas no mercado de trabalho formal ou até mesmo pela ‘inviabilidade’ de se implementar uma empresa, dado a quantidade de impostos que um empreendedor tinha e ainda tem que arcar para a manutenção do seu negócio, o que mudou consideravelmente nas últimas décadas”. A avaliação é de Nicholas Cruz, professor doutor da Universidade Federal de Alagoas, com experiência na área de Administração com ênfase em Empreendedorismo.

“Hoje, no entanto, estamos observando uma transição. A valorização da formação técnica e teórica em empreendedorismo cresceu. Cursos de graduação, MBAs, especializações, programas de aceleração, mentorias e incubadoras têm desempenhado um papel crucial na mudança desse panorama. Há uma profissionalização crescente, e o acesso a conteúdo de qualidade, inclusive gratuito e online nacional e internacional, tem reduzido o improviso e aumentado a taxa de sobrevivência dos novos negócios. Mas ainda assim, o improviso não desapareceu completamente. Ele persiste, especialmente entre empreendedores de baixa renda ou em regiões onde o acesso a formação e apoio ainda é limitado”, afirma o professor da Ufal.

Para Carla Kuehn, gerente adjunta da Unidade de Educação do Sebrae Bahia, o despreparo pode custar caro para quem está começando a empreender.

“Ainda é muito comum ver brasileiros empreendendo por necessidade, muitas vezes sem planejamento ou preparo. Isso faz com que muitos negócios acabem não se sustentando e fechando as portas antes de completar cinco anos. Um dado que infelizmente ainda é realidade no Brasil. É justamente por isso que o trabalho com educação empreendedora se torna tão essencial”, afirma.

 

As nossas duas empreendedoras entrevistadas mostraram como a informação e o conhecimento foram fundamentais, lá no início, para que elas desbravassem o mundo dos negócios. Mergulhadas de cabeça no universo da inovação e do empreendedorismo, suas respectivas empresas cresceram num ritmo proporcional ao aumento do repertório de informação de cada uma delas, a cada curso que faziam.

A economia foi a primeira ciência a estudar o empreendedorismo, quando ainda era visto apenas pelo âmbito da geração de negócios. Com o passar do tempo, a psicologia e a sociologia também estudaram o empreendedorismo.

O empreendedorismo chegou ao ensino superior nos Estados Unidos, no pós-guerra, na Universidade de Harvard, na tentativa de criar uma ciência. Mas ainda hoje não há consenso sobre o empreendedorismo  ser uma ciência. Mas o empreendedorismo acadêmico surgiu mesmo em 1950, na Universidade de Stanford, quando pesquisas e estudos foram empreendidos culminando na criação da HP, manufatura de computadores.

Hoje, o empreendedorismo tem ganhado espaço no ambiente acadêmico. Conhecido pela gama de cursos, mentorias e capacitações, o Sebrae mantém uma faculdade que oferece de graduação a MDA em cursos como Educação Empreendedora, Gestão Pública Empreendedora e Gestão de Negócios.

“Investir no ensino superior faz parte de um movimento importante para unir teoria e prática, com foco em gestão, inovação e atitude empreendedora. Os cursos de MBA da Faculdade Sebrae se diferenciam justamente por trazerem toda a bagagem e a expertise que o Sebrae tem no desenvolvimento do empreendedorismo no Brasil. São formações pensadas para o mundo real, com conteúdos que integram inovação, gestão, liderança e transformação digital, sempre com foco prática”, explica Carla Kuehn, do pólo Bahia da Faculdade Sebrae.

 “Empreender exige o desenvolvimento de um conjunto de competências: visão estratégica, capacidade de assumir riscos calculados, resiliência frente aos fracassos, comunicação eficaz, liderança entre muitas outras, que já foram identificas como importantes para essa atividade”, afirma Nicholas Cruz, da Ufal.

O professor de Administração da Ufal ressalta o momento de transição do improviso para uma formação mais técnica.

“Hoje estamos observando uma transição. A valorização da formação técnica e teórica em empreendedorismo cresceu. Cursos de graduação, MBAs, especializações, programas de aceleração, mentorias e incubadoras têm desempenhado um papel crucial na mudança desse panorama. Há uma profissionalização crescente, e o acesso a conteúdo de qualidade, inclusive gratuito e online nacional e internacional, tem reduzido o improviso e aumentado a taxa de sobrevivência dos novos negócios”, teoriza Cruz, que cobra das universidades também uma aplicação prática da inovação e empreendedorismo.

“Em um mundo em constante transformação, onde as profissões estão se reinventando, formar profissionais empreendedores em todas as áreas do conhecimento é essencial. Para isso, é preciso que as universidades incorporem essa visão, promovendo a interdisciplinaridade e estimulando a criação de projetos reais, incubadoras universitárias e parcerias com o setor produtivo. O empreendedorismo, em sua essência é: identificar oportunidades, resolver problemas e gerar valor, desenvolvendo coisas úteis e utilizáveis. Isso é relevante em qualquer profissão”, afirma.

 

JOVENS EMPREENDEDORES

Mas a cultura empreendedora precisa começar cedo. Bem antes do ensino superior, a Escola Sesi, em Maceió, introduz o empreendedorismo de forma interdisciplinar desde o 6º ano do Ensino Fundamental.

“Introduzir o empreendedorismo desde as primeiras séries do ensino fundamental é essencial para a formação de indivíduos mais criativos, autônomos e preparados para os desafios do século XXI. Ao desenvolver habilidades como liderança, resolução de problemas e trabalho em equipe, a escola contribui para a formação de cidadãos mais conscientes e proativos. Essa abordagem estimula o protagonismo e amplia os olhares e as possibilidades de carreira no futuro. Assim, o ensino do empreendedorismo desde cedo é um investimento no potencial humano e no desenvolvimento social”, afirma a professora Helena Karine, da Unidade Centro.

Apesar de ser um desafio, as atividades envolvendo o empreendedorismo entre os mais jovem acaba conquistando e empolgando.

“Á medida em que se envolvem com as temáticas, participação em dinâmicas, estudos de caso e projetos práticos, é possível e fácil identificar uma evolução significativa. O comprometimento cresce ao perceberem a aplicabilidade dos conceitos em situações reais e o potencial transformador do empreendedorismo em suas vidas e comunidades. Quando os aprendizes se sentem protagonistas do processo, assumem responsabilidades e colaboram com os colegas, o ambiente se torna mais propício à troca de ideias, à criatividade e à inovação”, destaca a professora.

Francisco Bahia, da Estácio, ressalta a importância da educação empreendedora aliar a prática à teoria.

“É importante estudar numa instituição que trabalhe com a prática, mas também o aluno precisa sair de usa zona de conforto. De repente você tem os melhores mestres, mas tem aquele medo. Tem que fazer mais cursos, viajar, conhecer novas empresas. Temos que lembrar que, com a globalização, a concorrência não é mais o teu vizinho. A concorrência é o mundo”, afirma.

“Um curso de graduação oferece uma associação da teoria com a prática. Os professores cada vez mais com expertise no mercado, e trazem para a sala de aula esse conhecimento, fazendo atividades práticas, como a importância de se fazer um planejamento, sem achismos”, ressalta.

 

O ensino do empreendedorismo no Brasil – linha do tempo

No Brasil, o empreendedorismo chegou às salas de aula na década de 1980,  por meio da Fundaçaõ Getúlio Vargas, primeira introduzir o ensino do empreendedorismo no país. A FVG que hoje mantém o Centro de Empreendedorismo e Negócios da FGV EAESP, que reúne pesquisadores de diversas formações através de projetos como FGVentures; a Rede de Empresas Familiares; a Aceleradora de Negócios de Impacto da Periferia; e o Fórum Raça e Mercado.

Entre os marcos históricos estão também a implantação do polo de empreendedorismo na PUC São Paulo ainda na década de 1980. Um grande avanço veio na década seguinte quando, em 1993, foi implantado no país o Empretec, da ONU, principal programa de formação de empreendedores do mundo, coordenado por aqui pelo Sebrae.

BREVE HISTÓRIA DO ENSINO DO EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

 

Um dos marcos do histórico da educação empreendedora no Brasil é o lançamento do livro “O Segredo de Luíza”, em 1999. O TNH1 conversou com o autor desse  best-seller, Fernando Dolabela, uma das maiores autoridades no assunto no país e autor de outros 19 livros sobre empreendedorismo. Confira o bate-papo inspirador.

 

Antigamente se falava muito em “tino para os negócios”. Existem pessoas vacaionadas para o empreendedorismo?

Não se identificou o gene empreendedor. Embora nem todos possam ser um Bethoven, mas todos podem aprender a tocar piano. Ensinar pressupõe transferir um conteúdo. Não é possível ensinar alguém a ser empreendedor, mas é possível sim adquirir esse conhecimento. Aprender. O empreendedorismo é o desenvolvimento de algo que está presente na espécie homo sapiens, mas ele tem que partir da própria pessoa. É algo de dentro para fora.

Mas há características de um empreendedor em potencial?

Um empreendedor não tem nada de especial. Não há milagre. O empreendedor Ele é uma pessoa como eu e você, normal, corriqueiro, nada de tão específico que não seja humano.

Para os iluministas a razão prevalecia. Mas estamos em uma outra era, que é a da emoção, sem desprezarmos a razão. Quero dizer que a não desprezamos a razão, mas a deixaremos em seu devido lugar. O empreendedor é alguém que se deixa emocionar.

O empreendedor é uma pessoa que não quer estar sob um regime de comando e controle sobre o que fazer e como fazer. O empreendedorismo é um  passo em direção da construção da liberdade humana.

Hoje já temos cursos de graduação em empreendedorismo. Como se forma um empreendedor?

Não existe um especialista em empreendedorismo. Aliás, o empreendedor é um especialista no que não existe. Pois o empreendedor ele cria o futuro. Ele precisa inovar para ter sucesso. Se ele copiar, o sucesso vai ser muito difícil. 

Mas é importante esse conhecimento. É importante que a Fundação Dom Cabral, por exemplo, ofereça um MBA, é importante termos cursos de graduação, ainda mais vindo da universidade que é uma sinalizadora de comportamentos sociais, de hábitos culturais.

Faz parte de um ecossistema, então…

Como se aprende a empreender? Esse ecossistema são os demais empreendedores. O empreendedor precisa desse contágio social. Nesses cursos, é preciso levar o aluno a frequentar esse ecossistema empreendedor na área em que ele atua. O que existe é um ambiente propício para se criar uma mentalidade empreendedora. E é isso que tenho incentivado todos esses anos em cursos e em meus livros.

Qual sua avaliação do cenário atual do empreendedorismo?

Os economistas clássicos não estavam com a razão.  Existe uma nova visão do crescimento econômico através da destruição criadora. O novo substitui o velho. A fábrica é fundamental, materializa, mas ao teor critico de sucesso de uma empresa está na inovação. As empresas que não inovam tendem a desaparecer. E essa inovação parte do empreendedor.  De forma geral, há algumas décadas, comparado com o ambiente que temos hoje, não se pode negar uma evolução. Mas compare as startups que temos com o que temos em Israel, Singapura. Ficamos muito distantes. A única forma de combater a pobreza é através do empreendedorismo. Empreendedorismo é a principal fonte de riqueza. O estado tem que entender que empreender e desenvolver uma nação é uma tarefa da sociedade civil. Ao estado cabe oferecer infraestrutura.

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