TEA: colunista do H2FOZ lança documentário

O documentário TEA – a perspectiva de uma professora e alunos: lições realizadas e tarefas a fazer, produzido pela jornalista, professora e colunista do H2FOZ Aida Franco de Lima acaba de ser lançado no YouTube. O trabalho é resultado de um ano de dedicação, a fim de narrar o que já houve de conquistas em relação ao transtorno do espectro autista (TEA), em torno do universo escolar e os desafios que ainda devem ser superados.

O documentário tem 60 minutos, conta com legendas, audiodescrição e libras. Pode servir de material de apoio nos mais variados ambientes para refletir sobre o tema.

Assista ao Documentário:

O cenário é o Colégio Estadual Igléa Grollmann, de Cianorte (PR). Mas o TEA não tem território, e o filme interessa ao país inteiro. O documentário traz entrevistas de uma professora, uma médica e um pai, e dá voz a 11 alunos que falam de suas principais experiências.

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“O roteiro foca na ideia de mostrar ao público como o tema era tratado há quase meio século. Relembra a história de um garotinho, que hoje muito provavelmente seria diagnosticado com autismo, que acompanhava os irmãos até a escola. Era na zona rural, e esse garoto, de nome Ronaldo, não era matriculado. Ele ia para a escola com os irmãos para não ficar sozinho em casa. A mãe dele só dizia que ele tinha problema”, destaca a diretora-geral do documentário, Aida Franco de Lima.

Entrelaçadas à história de Ronaldo, o documentário abre espaço para que estudantes das mais variadas idades narrem suas experiências no universo do TEA. Eles contam como foi lidar com o bullying, a exemplo do caso de Miguel Canhe Pereira, 16, que passou pela situação e fala que o caminho é a punição. Luan Piron de Oliveira, 22 anos, no quinto ano de Engenharia Civil, lembra que quando sofria bullying ele “partia para cima” e que também acha que o caminho é buscar a direção do colégio.

Eduardo Henrique de Macedo, 17 anos, aprovado em segundo lugar no curso de Direito da UEM e em Ciências da Computação, também na UEM, relata como é o desafio de quem tem altas habilidades e precisa de estímulos para interessar-se pelos conteúdos.

Giovanna Aparecida Santiago, 18 anos, segundo ano de Ciências Biológicas da UEM, revela que, quando ainda estava na quarta série, uma professora falava que na sala havia um aluno especial. Contudo não explicava o significado, e a jovem se pergunta se ela e os demais também não eram especiais para a professora.

“Os sentimentos expressados pelos entrevistados demonstram que muita lição foi aprendida, mas ainda há muitas tarefas que precisam ser feitas, e com urgência”, ressalta Aida Franco de Lima. Ela lembra que há muito conteúdo, e conteúdo relevante, envolvendo o TEA, porém seu trabalho optou por dar voz aos estudantes, “pois eles, melhor que ninguém, sabem dos desafios que é continuar os estudos, seja para quem tem altas habilidades, para quem tem déficit de aprendizado ou qualquer outra pessoa, em sua unicidade”.

O documentário foi aprovado no Edital de Chamamento Público 05/2023 – Lei Paulo Gustavo – Audiovisual, em segundo lugar, sendo financiado pelo Ministério da Cultura, via Lei Paulo Gustavo, e Prefeitura de Cianorte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.

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