Alerta no governo: gastos com aposentadorias disparam e preocupam ministros

O governo federal anunciou recentemente um bloqueio de R$ 31,4 bilhões no orçamento de 2025. Essa decisão foi comunicada pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, durante uma coletiva de imprensa. O principal motivo para essa medida é o aumento das despesas obrigatórias, com destaque para os gastos com a Previdência Social.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participou do anúncio, destacando que benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) estão sob análise. Essa iniciativa faz parte de um esforço mais amplo para ajustar as contas públicas e manter o equilíbrio fiscal.

Por que o bloqueio é necessário?

O bloqueio orçamentário é uma resposta ao crescimento das despesas obrigatórias, que superaram as previsões iniciais. Segundo Tebet, o aumento das despesas obrigatórias, especialmente as relacionadas à Previdência, foi de R$ 10,6 bilhões. Além disso, os gastos com benefícios previdenciários subiram R$ 15,6 bilhões acima do esperado.

Outro fator que contribuiu para a necessidade de bloqueio foi o aumento dos custos do Plano Safra, que cresceram R$ 4,5 bilhões. O BPC, que oferece um salário mínimo a idosos e pessoas com deficiência em famílias de baixa renda, também teve um aumento significativo de R$ 2,8 bilhões.

Como o governo planeja gerenciar os benefícios?

O ministro Haddad destacou que o governo está trabalhando para melhorar os filtros de beneficiários em programas da Previdência, como o BPC. O objetivo é garantir que os recursos sejam destinados de forma mais eficiente e que o programa, que enfrenta muitos desafios judiciais, seja melhor gerido.

Haddad ressaltou que a Previdência continua sendo um desafio significativo para o Brasil, e medidas estão sendo tomadas para enfrentar essa questão de forma eficaz.

Senhora brasileira Idosa – Créditos: depositphotos.com / zanuckcalilus

Quais são as metas fiscais para 2025?

A meta fiscal para 2025 é alcançar um equilíbrio entre despesas e receitas, com um intervalo de tolerância que permite um déficit ou superávit de até R$ 31 bilhões, o que representa 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). O orçamento aprovado pelo Congresso previa um resultado superavitário de R$ 15 bilhões.

Para atingir essas metas, o governo anunciou um contingenciamento de R$ 20,7 bilhões, que pode ser revertido caso novas fontes de arrecadação sejam identificadas. Além disso, o bloqueio de R$ 10,6 bilhões é uma medida mais rígida, necessária quando os gastos obrigatórios excedem as previsões.

Quais serão os próximos passos?

O detalhamento da contenção orçamentária será divulgado em um decreto a ser publicado em breve. Os órgãos governamentais terão um prazo de cinco dias úteis para indicar quais programações serão bloqueadas ou contingenciadas.

Essas medidas visam garantir que o governo mantenha o controle sobre as finanças públicas, ajustando-se às variações nas despesas obrigatórias e buscando novas formas de arrecadação para evitar impactos negativos no orçamento.

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