Eventos culturais movimentam a economia

Jornalista e produtor cultural Keyler Simões:

“Sempre que há problemas com inundações no inverno de Alagoas, principalmente em Maceió, é a velha ladainha de que as prefeituras e governo do Estado deveriam cancelar as festas juninas. O que é um absurdo, beirando a estupidez, pois a má aplicação dos recursos públicos na limpeza das ruas e canais e escoamento das águas, é uma coisa, a realização das festas juninas, é outra, pois as festas juninas representam uma cadeia produtiva que apenas culmina nas festas.

São técnicos de som, de iluminação, eletricistas, dançarinos (as), cantores, músicos, seguranças, carregadores, montadores de estruturas, equipamentos de som e luz, geradores de energia, locadores de instrumentos musicais, roadies, recepcionistas, produtores musicais, produtores de elenco, produtores executivos, representantes e empresários artísticos, dentre outros…

Ou seja, cuidado ao falar mal de eventos , como festas tradicionais, como o São João, pois são festas que empregam e alimentam milhares de pessoas que consomem e compram no mercado local, nos shoppings, mercearias, postos de combustíveis, em restaurantes, que se consultam em médicos, dentistas, se locomovem em carros próprios, por aplicativos, transportes públicos e que votam, como todos.

Não é admissível que tantos profissionais tenham seus empregos ameaçados, sempre que há problemas com intempéries climáticas, pois no caso do São João, tem que ser realizado no mês de junho, pois no passado tentou-se realizar essas festas em outros períodos, por causa das chuvas, e não deu certo.

Chover, vai chover sempre, uns anos mais do que em outros, mas chove. O que é preciso é cobrar dos gestores públicos mais seriedade com as obras públicas, para enfrentar esse período e não, penalizar um setor tão importante para a economia local.”

 

 

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