Encapuzado, médico de SG acusado por morte é preso pela segunda vez

O médico e ex-vereador de São Gonçalo Armando Marins, se entregou à Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (23), na 78ª DP (Fonseca), em Niterói, uma semana após ter sido preso pela primeira vez.

Ele era considerado foragido por descumprir normas judiciais, ao reabrir ilegalmente sua clínica, que estava interditada por determinação da Justiça, após a morte da paciente Priscilla dos Santos Nascimento. Segundo os investigadores, também foram encontrados novos medicamentos fora da validade.

Além de Armando, o administrador da clínica, Alexandre Suares Madureira, passou a ser formalmente investigado nesta nova fase do inquérito, que apura irregularidades sanitárias e práticas médicas ilegais. A unidade havia sido interditada após a morte da paciente, mas voltou a funcionar clandestinamente.

Leia também

  • Polícia voltou a achar remédios vencidos na clínica do médico Armando Marins

    Polícia tenta prender de novo médico famoso de São Gonçalo

  • Polícia voltou a achar remédios vencidos na clínica do médico Armando Marins

    Influenciador de Niterói após invadir pista do Galeão: ‘Foi um erro’

  • Polícia voltou a achar remédios vencidos na clínica do médico Armando Marins

    Médico de São Gonçalo acusado por morte de paciente é solto um dia após prisão

De acordo com a Polícia Civil, Armando Marins teria reaberto a clínica e feito contato com funcionários, mesmo estando proibido de atuar na unidade. A violação das medidas impostas pela Justiça teria ocorrido logo após a soltura de Armando Marins, no último sábado (17).

  • Acompanhado do advogado, Armando Marins não quis falar com a imprensa

    Acompanhado do advogado, Armando Marins não quis falar com a imprensa | Foto: Péricles Cutrim
  • Acompanhado do advogado, Armando Marins não quis falar com a imprensa

    Acompanhado do advogado, Armando Marins não quis falar com a imprensa | Foto: Péricles Cutrim
  • Acompanhado do advogado, Armando Marins não quis falar com a imprensa

    Acompanhado do advogado, Armando Marins não quis falar com a imprensa | Foto: Péricles Cutrim
  • Acompanhado do advogado, Armando Marins não quis falar com a imprensa

    Acompanhado do advogado, Armando Marins não quis falar com a imprensa | Foto: Péricles Cutrim

Na manhã desta sexta-feira (23), a polícia voltou ao local para cumprir mandados de busca e apreensão. A clínica foi novamente interditada e, mais uma vez, os agentes encontraram medicamentos vencidos e armazenados de forma irregular.

Investigação

Responsável pela investigação, o delegado titular da 78ª DP (Fonseca), Gabriel Poiava, comentou sobre os desdobramentos do caso:

“Identificamos inicialmente que houve, de fato, a realização de um procedimento médico, e que a clínica não atendia aos critérios exigidos pela Vigilância Sanitária. Foram encontrados diversos medicamentos vencidos, alguns abertos, além de outros armazenados de forma inadequada — o que levou à condenação desses produtos por parte da vigilância”, pontuou.

Poiava continuou dizendo que, neste momento, a investigação avança para esclarecer se a morte da paciente está diretamente relacionada ao uso desses medicamentos.

Aspas da citação

Tudo indica que o tratamento realizado pelo médico Armando Marins pode ter sido determinante para o desfecho do caso


Gabriel Poiava,
delegado

Aspas da citação

O que diz a defesa

O advogado criminalista Marcello Ramallho, que representa a defesa de Armando Marins, afirmou que seu cliente não teve envolvimento direto nas novas infrações:

“O doutor Armando Marins não teve qualquer participação na reabertura da clínica nem relação com os medicamentos vencidos encontrados no local. Estamos colaborando com as autoridades justamente para esclarecer essas circunstâncias.”

A reportagem ainda tenta localizar os advogados do administrador e funcionário da clínica, Alexandre Suares Madureira.

Em atualização…

Adicionar aos favoritos o Link permanente.