Preço do VMware aumentou até 15x

Os custos de licenciamento da VMware aumentaram entre oito e 15 vezes depois da compra pela Broadcom, um negócio de US$ 61 bilhões fechado em novembro de 2023. 

É o que aponta um relatório conjunto do Observatório Europeu para Competição na Nuvem (ECCO, na sigla em inglês), um órgão da União Europeia, e da CISPE, uma entidade que reúne 37 provedores de nuvem atuantes na Europa.

No geral, o relatório aponta que os termos de licenciamento da Broadcom são “injustos e anticompetitivos” e pede “ação regulatória” por parte da União Europeia, algo que a CISPE já vinha pedindo. 

De acordo com a análise, os clientes estão numa sinuca de bico, porque faltam alternativas para uma substituição. 

A maioria dos integrantes da CISPE optou por pagar os novos preços, pressionados por ameaças de encerramentos de contrato e incentivados por descontos em renovações de longo prazo.

Os motivos do aumento de preços são conhecidos: depois de comprar a VMware, a Broadcom acabou com as licenças perpétuas e modelos de licenciamento mensal do tipo “pay-as-you-go”.

No lugar disso, entraram alguns grandes pacotes disponíveis para assinatura em contratos mínimos de três anos. 

Segundo o relatório da ECCO, é como se uma empresa de energia cobrasse adiantado como se o cliente estivesse sempre consumindo o máximo, no lugar de cobrar o que ele consome.

A Broadcom também mexeu na política de canal, eliminando um programa específico para empresas de computação na nuvem e focando só nos maiores parceiros.

Alguns casos se tornaram públicos. Em outubro do ano passado, a gigante americana de telecomunicações AT&T revelou que o custo do VMware para a empresa tinha aumentado 11 vezes. 

Já a Siemens, uma das maiores empresas industriais do mundo, está sendo processada pela VMware por problemas de licenciamento nos Estados Unidos.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.