PF apreende carros de luxo do “careca do INSS”

A Polícia Federal realizou mais uma etapa da operação “Sem Desconto” nesta terça-feira, 20 de maio de 2025, com o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. A ação teve como objetivo a apreensão de veículos supostamente ligados a Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS“. Ao todo, seis carros foram apreendidos em uma garagem localizada no Setor Bancário Norte, em Brasília.

Antunes é apontado pela investigação como operador de um esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões, que pode ter desviado até R$ 6,3 bilhões nos últimos cinco anos. A apreensão dos veículos visa analisar se foram adquiridos com recursos provenientes do esquema e se houve tentativa de ocultação de bens.

Qual é o papel de Antonio Carlos Camilo Antunes no esquema?

De acordo com a Polícia Federal, Antonio Carlos Camilo Antunes teria atuado como intermediário no repasse de valores desviados do INSS. Através de 22 empresas das quais é sócio, ele teria facilitado a movimentação dos recursos. O relatório da PF destaca o patrimônio acumulado por Antunes durante o período das fraudes, incluindo imóveis e uma extensa lista de veículos de luxo.

Veículos apreendidos na operação

A lista de automóveis apreendidos pela Polícia Federal revela a magnitude do patrimônio de Antunes. Entre os veículos listados estão:

• Porsche Boxster 2018
• Porsche Taycan 2022
• BMW 330E 2022/2023
• Hyundai Azera 3.0 V6 2014/2015
• Porsche 911 Carrera GTS 2024
• Porsche Macan/S 2022
• Jaguar / LD limited 2023/2024
• VW/Golf GTI AC 2019
• Audi A3 SB Híbrido 2022/2023
• Porsche Taycan 2020/2021
• BMW Z4 SDrive2.3I 2010/2011
• BMW M135I XDrive

Discrepâncias na Renda e Transações de Antonio Carlos

Antonio Carlos Camilo Antunes se declara gerente, com uma renda mensal de R$ 24.458,23 e um patrimônio estimado entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões. No entanto, a Polícia Federal aponta que as transações realizadas por ele são significativamente superiores à sua renda declarada. Entre abril e julho de 2024, Antunes acumulou um patrimônio imobilizado de R$ 14,3 milhões.

Além disso, pessoas físicas e jurídicas associadas a Antunes teriam recebido R$ 53,5 milhões diretamente de entidades associativas ou por meio de suas empresas. A defesa do investigado foi procurada, mas ainda não se manifestou sobre as acusações. Na primeira fase da operação, Antunes negou qualquer irregularidade.

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