Santa Catarina investiga caso suspeito de influenza aviária em granja no Oeste

O Serviço Veterinário Oficial investiga um caso suspeito de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial localizada no município de Ipumirim, no Oeste catarinense. Enquanto aguarda o resultado laboratorial, previsto para ser divulgado até esta quarta-feira (22), o Estado intensificou ações de prevenção, seguindo protocolos sanitários rigorosos.

Entre as medidas adotadas está a proibição da entrada de aves e ovos oriundos de 12 municípios do Rio Grande do Sul, que se encontram em situação de emergência sanitária reconhecida pelo Ministério da Agricultura. A decisão segue diretrizes estabelecidas em nota técnica da Secretaria de Estado da Agricultura e da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC).

Além da restrição de origem, as cargas autorizadas estão sendo obrigatoriamente desinfetadas nos postos de fiscalização. A presidente da CIDASC, Celles Regina de Matos, esclarece que a resposta rápida e os cuidados adotados fazem parte do protocolo padrão diante de notificações suspeitas.

“Esse é um procedimento rotineiro. A CIDASC sempre age assim quando há notificação de mortalidade acima de 10% e sintomas que possam se confundir com influenza aviária. O diagnóstico definitivo só é possível por meio de exames laboratoriais, já que diversas síndromes respiratórias e nervosas em aves apresentam sintomas semelhantes”, explica Celles.

A presidente também destacou que, nos últimos 30 dias, a CIDASC recebeu 11 notificações semelhantes. Dessas, três coletas foram realizadas, e nenhuma apresentou resultado positivo para a gripe aviária no estado.

“É fundamental que qualquer suspeita seja notificada. A biosseguridade deve ser prioridade máxima. O vírus está sendo disseminado principalmente pelas fezes de aves silvestres. Por isso, medidas como a troca de calçados antes de entrar nos aviários e evitar o contato entre aves comerciais e silvestres são essenciais”, alertou.

Segundo Celles Regina, a situação vivida atualmente no Rio Grande do Sul serve de alerta. “As aves silvestres estão se movimentando com o vírus ativo, o que torna o risco real e constante. O esforço coletivo é fundamental para mantermos Santa Catarina livre da IAAP.”

Além de Santa Catarina, outros cinco estados brasileiros estão com casos em investigação. A CIDASC reforça que, embora o estado permaneça oficialmente livre da influenza aviária de alta patogenicidade, o cenário exige vigilância e pode demandar novas ações conforme a evolução dos fatos.

 

*Com informações Acaert

 

 

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