Médico de São Gonçalo acusado por morte de paciente é solto um dia após prisão

O médico endocrinologista Armando Marins foi solto neste sábado (17), um dia após sua prisão, por decisão da Justiça do Rio de Janeiro. A defesa do ex-vereador de São Gonçalo alegou o princípio da homogeneidade para justificar a soltura do presídio em Benfica, na Zona Norte do Rio.

Foram impostas medidas cautelares ao médico, que deve esclarecer suas atividades à Justiça, regularizar a clínica onde atua para garantir a legalidade do funcionamento, além de comparecer regularmente em juízo.

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Representado pelos advogados criminalistas Marcello Ramalho e Raphael Mattos, Marins já está em casa.

“Conseguimos refazer esse decreto prisional pelo princípio da homogeneidade, além do fato da prisão ser extremamente desnecessária, porque esse episódio objeto da prisão ainda encontra-se sobre investigação. A prisão, nesse momento, seria uma verdadeira antecipação de pena que o ordenamento jurídico não autoriza. Ele já está fora do sistema prisional, a partir do alvará de soltura e está disposto a atender qualquer ordem judicial”, pontuou Ramalho.

Relembre o caso

O médico Armando Marins foi preso na última sexta-feira (16) depois que a Polícia Civil encontrou medicamentos vencidos na clínica onde ele atende, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Ele foi levado para a 78ª DP (Fonseca), em Niterói, e saiu do local mandando beijos para populares que o chamaram de “assassino”.

Horas depois da operação, ainda no fim da manhã, o médico se apresentou espontaneamente na delegacia para prestar depoimento. Na ocasião, o delegado confirmou a presença de medicamentos vencidos na clínica e deu voz de prisão ao suspeito, que foi levado para a unidade prisional de Benfica, no Rio.

O caso começou a ser investigado em março deste ano, quando a paciente Priscilla dos Santos Nascimento, de 42 anos, morreu após passar por um procedimento estético para tratar varizes na clínica de Marins.

A polícia apura se o médico usou um medicamento vencido e possivelmente violado durante o atendimento. A suspeita é de que o produto tenha causado uma infecção generalizada na paciente, o que pode ter levado à morte.

Além disso, os investigadores afirmam que prontuários médicos foram fraudados com a ajuda de funcionários da clínica, numa tentativa de atrapalhar as investigações.

Marins foi autuado por vender, armazenar e expor produtos em condições impróprias ao consumo. O material recolhido foi levado para análise e a Polícia Civil segue investigando o caso.

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