Menina é torturada e tem intestino perfurado; padrasto é preso

Israel Lima Gomes, padrasto de uma menina de apenas 4 anos, foi preso neste sábado (17) acusado de torturar a criança de forma contínua e brutal. Ele é apontado pela Polícia Civil como o responsável por uma série de agressões que levaram a menina a ser internada em estado grave no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), da UFRJ.

A criança deu entrada na unidade hospitalar com quadro de perfuração intestinal, fratura no braço e sepse abdominal, sinais de violência prolongada e extrema. Desde então, permanece entubada e sob cuidados intensivos. A gravidade do caso levou a 37ª DP (Ilha do Governador) a abrir inquérito por crime de tortura, e não apenas violência doméstica.

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Durante as investigações, a Polícia Civil teve acesso a mensagens trocadas entre Israel e a mãe da menina. Em um dos diálogos, o homem responde sobre o estado da criança com uma frase que causou revolta entre os investigadores. “Ela é forte porque estou moldando ela na dor. Fica fraco quando é só amor.”

Segundo o delegado Felipe Santoro, responsável pelo caso, as evidências apontam para um comportamento metódico e sádico por parte do suspeito.

A polícia também descobriu que a menina era, com frequência, trancada sozinha em banheiros escuros e, em pelo menos uma ocasião, foi forçada a ingerir fezes.

Israel já tinha passagens pela polícia por violência doméstica e importunação sexual contra uma adolescente de 12 anos. Apesar disso, ele convivia com a criança dentro de casa. A mãe da vítima, embora negue qualquer participação nas agressões, também é investigada por omissão.

Em mensagens, ela questiona o padrasto sobre o estado de saúde da filha e chega a levantar a possibilidade de que o problema na barriga da criança fosse resultado da ingestão de fezes, o que levanta dúvidas sobre o quanto sabia dos abusos.

Israel foi autuado por tortura qualificada, crime com pena que pode chegar a mais de 20 anos de prisão. A Justiça deve analisar nos próximos dias a possibilidade de manter a prisão preventiva e avaliar se a mãe será formalmente responsabilizada.

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