O jeito de ser de um esquerdista autêntico

O Uruguai e o mundo se despedem hoje do ex-presidente José “Pepe” Mujica, falecido na terça-feira, 13, vitimado por um câncer de esôfago.

Ex guerrilheiro, cumpriu 10 anos de prisão e chegou à Presidência da República sem perder duas das suas principais características: a humildade e a simplicidade.

“Mujica” vivia modestamente numa pequena chácara e doava 90% do seu salário, sem jamais abrir mão do seu automóvel: um fusquinha azul, de 1987, pelo qual recusou US$ 1 milhão de um xeque árabe.

Era considerado uma das referências dos políticos de esquerda no mundo inteiro, embora, pelo seu jeito de ser e de viver, fosse o oposto da quase totalidade deles.

No Brasil, por exemplo – e Alagoas infelizmente se insere nesse contexto -, de modo geral o esquerdista tem uma característica: normalmente de oposição, combate freneticamente a corrupção, o capitalismo e a burguesia.

Mas é apenas falácia.

Quando essa turma consegue chegar ao poder se transforma completamente e passa a praticar o que sempre renegou: adora uma mordomia, tem apreço especial por cargo público e, acima de tudo, não perde oportunidade de praticar a corrupção que lhe proporciona enriquecimento ilícito.

E há uma marca que identifica esse povo: detesta ser contrariado.

A ideologia para essa gente ficou no discurso do passado.

Certamente não vai produzir nenhum efeito para mudar o comportamento dos políticos que adotam essa prática nociva, mas vai para eles uma das mensagens deixadas por José “Pepe” Mujica como uma das suas lições:

“É fácil ter respeito por aqueles que pensam como nós, mas é preciso aprender que o fundamento da democracia é o respeito por quem pensa diferente”.

 

 

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