AWS investe R$ 1,8 milhão em pesquisa no SUS

A Amazon Web Services (AWS) vai investir US$ 350 mil (cerca de R$ 1,8 milhão) ao longo de ano e meio no Centro de Inovação em Inteligência Artificial para Saúde (CIIA-Saúde) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Com foco em desenvolver um sistema de monitoramento de pacientes oncológicos, o valor compreende um fundo de US$ 100 mil em dinheiro para o financiamento dos pesquisadores que trabalharão no projeto e US$ 250 mil em créditos de nuvem.

Utilizando os serviços de computação da companhia, como inteligência artificial generativa, a ideia é que os mestrandos e doutorandos possam acompanhar e analisar de forma abrangente toda a jornada dos pacientes oncológicos dentro do sistema hospitalar.

Com isso, os pesquisadores esperam desenvolver protocolos de tratamento aprimorados, identificar melhor os riscos, antecipar eventos adversos e criar um atendimento mais centrado no paciente dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), apoiando a tomada de decisão dos profissionais de saúde.

Paulo Cunha, líder de setor público da AWS no Brasil, fez o anúncio na abertura do AWS Public Sector Symposium, evento para o setor público promovido pela empresa americana em Brasília nesta quarta-feira, 14.

“O que estamos propondo nesta colaboração é estar lá desde o primeiro dia da jornada do paciente e usar os dados durante todo o processo, aprender como eles vão se comportar. E depois do tratamento, por um período de tempo, também queremos aprender como eles se posicionam. Todos esses dados serão analisados e usados pela IA para nos ajudar a fazer previsões e aprender sobre diagnósticos, tratamentos e protocolos”, explicou Cunha.

Além dos dados do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG), o centro também tem acesso a dados dos hospitais de clínicas de Manaus e de Porto Alegre.

Segundo a companhia, o sistema que será desenvolvido por meio desta colaboração poderá ser replicado em outros hospitais universitários de todo o Brasil, pois o HC integra a rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que reúne 45 hospitais de ensino em todas as regiões do país.

“Nós estamos investindo na jornada dos pacientes, principalmente oncológicos, e melhorando algoritmos para suportar médicos no diagnóstico. E com uma vantagem: todos eles pelo sistema SUS. Se nós estamos no SUS, nós podemos replicar. E a ideia é exatamente esta, colocar para o país ferramentas de suporte agnóstico na área oncológica”, destacou Cunha.

Com a adoção da nuvem, os benefícios imediatos esperados são o aumento da eficiência em termos de menor tempo de resposta, melhor uso dos recursos disponíveis, sustentabilidade e resiliência de sistemas e aplicações criados sobre a infraestrutura em nuvem.

Este é o primeiro investimento da AWS em um centro de inteligência artificial no Brasil.

“Não é o maior investimento que já fizemos. Nós fizemos isso no passado com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Mas é parte da nossa mentalidade de investir no futuro e ajudar o país, ajudar a ciência a se desenvolver”, destacou Cunha.

Com 96 anos de existência, o HC-UFMG é o primeiro hospital de ensino do país. Atendendo 100% pelo SUS, realiza atividades de ensino, pesquisa, extensão e assistência. A instituição é credenciada para todas as especialidades, com exceção da radioterapia, e é campo de ensino e pesquisa para todos os cursos da área da saúde da UFMG. 

O CIIA-Saúde foi criado em 2022 por meio de uma aliança com a Unimed-BH e conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do governo do estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). 

No mercado há 19 anos, a AWS tem mais de 240 serviços a partir de 114 zonas de disponibilidade em 36 regiões geográficas, com planos anunciados para 16 novas zonas de disponibilidade e mais cinco novas Regiões da AWS no Chile, Nova Zelândia, Reino da Arábia Saudita, Taiwan e a Nuvem Soberana Europeia da AWS.

A companhia tem milhões de clientes, desde startups a grandes empresas e agências governamentais.

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