HIDS e PIDS são projetos estratégicos para o estado, diz governador em exercício

O governador em exercício de São Paulo, Felício Ramuth, disse, nesta quarta-feira (14), que os projetos do HIDS (Hub Internacional de Desenvolvimento Sustentável) –  em processo de implantação na Unicamp – e do PIDS (Polo de Inovação e Desenvolvimento Sustentável) – que está sendo articulado pela prefeitura de Campinas – estão entre os programas estratégicos do estado. Em visita à Agência de Inovação (Inova Unicamp), pela manhã, Ramuth conheceu detalhes dos projetos e afirmou que o governo pretende oferecer apoio na infraestrutura, como a viabilização de viário, por exemplo, ou para programas de incentivo para atração de empresas.

“Já passa a ser uma agenda prioritária para nossas secretarias e para o governo do estado”, disse o governador em exercício ao ser apresentado aos projetos. “Pode ter certeza de que a agenda de Campinas e a agenda dessas importantes instituições de pesquisa e universidades que temos aqui já é agenda do governo do estado”, acrescentou.

Ramuth disse que, assim que as etapas do processo de implantação estiverem concluídas, haverá uma forte integração entre grandes instituições de ensino e pesquisa e a abertura de espaços para novas empresas de tecnologia e inovação. 

“O HIDS e o PIDS reforçam a ideia de integração, e não tenho a menor dúvida que o que está sendo feito aqui transformará Campinas, o estado de São Paulo e o Brasil no futuro”, afirmou. 

O reitor da Unicamp Paulo César Montagner avalia que o HIDS é um projeto inovador e que pode se transformar em referência. “Trata-se de um projeto de grande fôlego, que poderá se transformar em modelo não apenas para o estado e para o país, mas também para o mundo”, acredita. 

Segundo Montagner, o engajamento do governo do estado pode dar um impulso ao projeto, que exigirá investimentos em alta escala. “Por conta disso, é muito importante que o governo do estado e outros agentes estejam conosco nisso, para que possamos viabilizar e fazer deste grande projeto uma realidade”, afirmou.

O HIDS está sendo instalado numa área de 11,3 milhões de m² em território da Unicamp. O espaço abrigará um distrito de inovação de quarta geração – um conceito de desenvolvimento urbano que reúne elementos de parques tecnológicos e distritos de inovação, orientados pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU (Organização das Nações Unidas). 

Segundo o coordenador do HIDS, Roberto Donato, a ideia é que o distrito seja sustentável em sua estrutura, no seu urbanismo, no consumo de energia ou na mobilidade, mas que também seja voltado para um tipo de empresa que busca soluções tecnológicas igualmente sustentáveis. “Acreditamos que a transição energética brasileira pode ter sua morada em Campinas”, resumiu.

O HIDS já tem um plano de ocupação, dividido em três fases: 2025-2030, 2030-2040 e 2040-2050.

Polo de Inovação e Desenvolvimento Sustentável

O PIDS, por sua vez, engloba uma área de aproximadamente 17 milhões de m², abrangendo, além das áreas de expansão da Unicamp e da PUC-Campinas, o polo de alta tecnologia – uma das áreas de desenvolvimento estratégico previstas no Plano Diretor do município.

O prefeito de Campinas, Dario Saadi, disse ter ficado otimista com o posicionamento do governador em exercício sobre o futuro do projeto.

“O que ele disse aqui, hoje, é um compromisso importante do governo do estado, não apenas por estar disposto a discutir leis estaduais que possam servir de incentivo para a atração de empresas de base tecnológica sustentável, mas também pela possibilidade de parceria na implantação da infraestrutura”, disse o prefeito. Segundo Dario, o projeto do PIDS exigirá a construção de 15 km de avenidas e viário, além de obras de saneamento. “Portanto, essas duas possibilidades são fundamentais para a implantação do PIDS como uma região e do HIDS, como um centro de desenvolvimento sustentável”, finalizou o prefeito. 

Enviado pela Prefeitura, o projeto do PIDS está na Câmara Municipal para aprovação. Segundo o presidente da Câmara, vereador Luiz Rossini, o projeto deverá ser votado ainda neste semestre.

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