Moradores afetados pela cheia em Rio Branco começam a sacar o FGTS calamidade nesta quarta (14)


Inicialmente, o saque é feito on-line por meio do aplicativo FGTS Calamidade da Caixa Econômica Federal. A expectativa é de que 4,5 mil pessoas recebam o benefício. Moradores de Rio Branco afetados pela enchente podem sacar o FGTS a partir desta quarta-feira (14)
Felipe Freire/ Secom
Os moradores afetados pela cheia do Rio Acre da capital acreana podem sacar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) a partir desta quarta-feira (14). Inicialmente, o saque é feito on-line por meio do aplicativo FGTS Calamidade da Caixa Econômica Federal.
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O valor máximo permito de saque é de R$ 6.220,00. Segundo a Defesa Civil de Rio Branco , a expectativa é que 4,5 mil moradores afetados pela enchente devem receber o benefício este ano.
Para ter acesso ao benefício, a pessoa precisa ter saldo na conta do FGTS, não tenha usado esse benefício nos últimos 12 meses pelo mesmo motivo e provar que vive na área afetada no máximo 90 dias antes do fato ocorrido.
Caso não consiga liberar o saque pelo aplicativo FGTS Calamidade, o beneficiado deve ir até uma agência da Caixa Econômica buscar ajuda e orientações. Caso a situação não seja resolvida na instituição financeira, os próprios servidores encaminham o morador para a Defesa Civil Municipal.
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O coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, coronel Cláudio Falcão, explicou que, geralmente, os moradores têm dificuldade em comprovar o endereço ou precisam de vistoria das equipes do órgão para confirmar que foram afetados pela calamidade.
Essas pessoas serão encaminhadas pela Caixa para a Defesa Civil, que fica no prédio ao lado da prefeitura, no Centro de Rio Branco.
“As pessoas que não conseguirem comprovar o endereço, precisam procurar a Caixa e serão encaminhadas para nós. Antes de vir até nós, a pessoa precisa ter certeza se tem saldo, se realmente é registrada com carteira, se pode sacar”, destacou.
Enchente em 2025
Famílias que estavam em abrigos começam a voltar para casa na capital
Este ano, o Rio Acre transbordou no dia 10 de março e ficou acima da cota de transbordo, que é 14 metros, até o dia 24 de março. A cheia atingiu mais de 31 mil pessoas na capital acreana este ano.
As equipes da prefeitura começaram a montar os boxes no Parque de Exposições dia 7 de março, quando o Rio Acre ultrapassou os 12 metros. As primeiras famílias desabrigadas começaram a chegar no parque no dia 14 de março.
O prefeito Tião Bocalom decretou, em 14 de março, situação de emergência devido à enchente. Já o governador Gladson Cameli decretou emergência diante do aumento do nível dos rios Acre, Juruá, Purus e Envira, quatro dias antes. No dia 18 do mesmo mês, após uma semana, o governo do estado alterou o decreto e acrescentou os rios Tarauacá, Abunã e Moa.
No dia 26 de março, as equipes da prefeitura iniciaram a limpeza nos bairros afetados para preparar o retorno das famílias atingidas. Já no dia seguinte, foi iniciada a “Operação de Volta para Casa” e encerrado o transporte das famílias dia 28 de março. Cerca de 175 famílias ficaram abrigadas no parque.
Conforme a Defesa Civil de Rio Branco, a enchente afetou:
Mais de 8,6 mil famílias diretamente, o equivalente a 31.318 pessoas;
Mais de 180 famílias ficaram em abrigos, totalizando 700 pessoas;
Outras 598 famílias ficaram desalojadas, ou seja, foram para casa de parentes ou amigos;
19 comunidades rurais afetadas, dentre elas três são isoladas, e 2.198 famílias rurais atingidas;
43 bairros da capital atingidos.
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