Virginia na CPI das Bets: moletom com foto da filha e falas da influenciadora em depoimento são os assuntos mais comentados das redes sociais


Virginia foi convocada à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets para dar depoimento sobre seu envolvimento na promoção de sites de apostas esportivas online. Audiência aconteceu nesta terça-feira. A relatora da CPI das Bets, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), e o presidente da Comissão, senador Dr. Hiran (PP-RR), ouvem a influencer Virginia Fonseca no dia 13 de maio de 2025
Edilson Rodrigues/Agência Senado
A influenciadora e empresária Virginia Fonseca foi o assunto mais comentado da internet na tarde desta terça-feira (13). Ela prestou depoimento na CPI das Bets e chamou atenção ao comparecer na sessão com um moletom estampado com a foto da filha Maria Flor e também pelas falas ditas durante a audiência.
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Virginia foi convocada à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets para dar depoimento sobre seu envolvimento na promoção de sites de apostas esportivas online. Segundo a convocação da CPI no Senado, Virginia deu seu depoimento como testemunha e por que “esteve envolvida em campanhas de marketing para casas de apostas”.
A empresária chegou ao Senado pouco antes das 10h45, acompanhada do marido e também influenciador Zé Felipe. Virginia estava de moletom preto com a foto da filha Maria Flor, óculos e também uma garrafa d’água rosa.
No X, antigo Twitter, as falas da influenciadora, o look escolhido e até mesmo a garrafa rosa dela foram os principais assuntos da rede social chegando ao 1º lugar nos assuntos do momento no Brasil.
A sessão foi aberta às 11h24, quando Virginia prestou compromisso de dizer a verdade sobre fatos que tenha presenciado. A sessão contou com a relatora da CPI, Soraya Thronicke (Podemos-MS), e com o presidente da CPI, dr. Hiran (PP-RR).
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Durante o depoimento, Virginia disse:
que sempre seguiu a legislação e alertou seguidores sobre os riscos das bets;
que seus contratos não têm a chamada “cláusula da desgraça” – que dá aos influenciadores um percentual sobre as perdas dos apostadores;
que, apesar disso, receberia 30% a mais no contrato se “dobrasse os lucros” – o que, segundo ela, não aconteceu;
que não usa a própria conta de apostadora para gravar os vídeos de publicidade;
que ainda tem contrato de publicidade com a Blaze, mas não mais com a Esportes da Sorte.
A influencer e apresentadora Virginia Fonseca depõe à CPI das Bets, no Senado, no dia 13 de maio de 2025
Edilson Rodrigues/Agência Senado
Virginia usou o “direito ao silêncio” para não responder detalhes financeiros de seus contratos – por exemplo, o valor máximo que recebeu das bets. A influenciadora disse, no entanto, que declarou todos os rendimentos à Receita Federal.
Virginia também concordou em fornecer cópias dos contratos com a Esportes da Sorte e com a Blaze à CPI das Bets. Os documentos devem ser mantidos em sigilo, no entanto, por estarem sobre regras de confidencialidade.
Questionada pelos senadores, Virginia também disse:
que chegou a jogar nas duas plataformas que divulgou, e que hoje mantém conta de apostadora na Blaze – com quem ainda tem contrato de publicidade vigente;
que os vídeos mostrando como apostar não eram feitos de sua própria conta, mas de contas fornecidas pela empresa;
que, apesar de usar contas diferentes, os vídeos eram feitos na mesma plataforma disponível para os apostadores comuns;
que nunca recebeu valores com empresas de fachada, criptoativos ou créditos nas próprias plataformas;
que nunca promoveu ações de educação financeira para os seguidores, mas considera que seria “uma boa ideia”.
CPI das Bets
Realizada pelo Senado Federal, a convocação de Virginia é parte das investigações sobre a divulgação irregular de jogos de azar online por influenciadores. A prática é considerada problemática, pois muitos dos seguidores são menores de idade ou pessoas vulneráveis a problemas com jogos.
A CPI já convocou outros influenciadores para prestar depoimentos, como o Luiz Ricardo Melquiades, conhecido como Rico Melquiades, que tem cerca de 10 milhões de seguidores e está convocado para depor nesta quarta-feira (14).
Rico Melquíades foi um dos alvos da Operação Game Over 2, deflagrada pela Polícia Civil de Alagoas, ao investigar a participação de influenciadores na promoção de apostas esportivas e jogos de azar de forma ilegal.
Outra influenciadora que já convocada pela CPI foi Deolane Bezerra. O depoimento dela estava marcado para o dia 10 de abril, mas ela não compareceu após aval do Supremo Tribunal de Justiça para que ela não comparecesse. Segundo o Senado Federal, Deolane também recebeu aval do STF para não comparecer à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas em 2024.
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