Pênalti inexistente, jogador com nariz quebrado e mais: Barroca analisa empate com o Amazonas

O técnico Eduardo Barroca criticou o pênalti marcado pelo árbitro Andre Luiz Skettino Policarpo Bento (MG) logo aos quatro minutos do primeiro tempo, na dividida entre o goleiro Matheus Albino e o atacante Kevin Ramirez. O CRB terminou reagindo no fim do jogo e empatou em 1 a 1 com o Amazonas no Carlos Zamith, em duelo válido pela sétima rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Luan Silva marcou para os donos da casa e Rafinha igualou para os alagoanos. 

“Acho que é importante analisar o contexto. Sofremos o gol muito cedo. Vendo a imagem, ali na minha visão, um pênalti inexistente. […] Dificuldades foram diversas, começando por um pênalti inexistente. Acho que é muito importante se falar disso. Acho que nos dias de hoje, com toda tecnologia que a gente tem a nosso favor, eu não tenho a menor dúvida. Eu vi agora o vídeo, eu não tinha visto. E não foi pênalti. Eu não sou de reclamar de arbitragem, respeito muito o árbitro André, é um cara sério, um bom árbitro. Mas, na minha visão, é importante deixar claro que não foi pênalti”, reclamou Barroca.

O treinador ressaltou a capacidade do elenco regatiano de reagir e lutar para pontuar fora de casa. Barroca revelou que o atacante Breno Herculano quebrou o nariz e não quis sair do jogo.

“No dia que tecnicamente alguns jogadores não estão no seu melhor, todo mundo correu e foi no seu limite. O Breno quebrou o nariz e falou: ‘Não vou sair de jeito nenhum desse jogo’. Eu estava preparando para tirá-lo no intervalo e ele disse que não sairia de jeito nenhum, com o nariz quebrado. Esse é o espírito. Fico muito feliz de ver que os jogadores estão se dedicando dessa forma, porque acho que é um caminho bastante interessante para seguirmos dentro da competição”.

A assessoria de comunicação do CRB informou que o atacante vai realizar um exame para saber a gravidade da lesão. Herculano se machucou em um choque de cabeça aos 38′ minutos do primeiro tempo, foi atendido pelo departamento médico e atuou durante todo o restante da partida com um curativo no nariz. 

Com o ponto em Manaus, o Galo chegou aos 12 e ficou na sexta colocação. O próximo compromisso do Regatas é contra o Criciúma no domingo, 18, às 16h, no Rei Pelé, em Maceió, pela oitava rodada.


Veja abaixo mais temas abordados por Eduardo Barroca na entrevista coletiva:

Campo, posse de bola e mais de 50 cruzamentos

“Campo com característica totalmente atípica de qualquer outro campo que vamos enfrentar na Série B, um campo muito vivo. Acho que a gente demorou um pouquinho a entrar no jogo como deveria ter entrado. Sofremos no início do jogo com as bolas longas do Amazonas.

Depois, acho que colocamos a bola no chão, tivemos um volume até grande, terminamos o jogo com 70% de posse de bola. No intervalo, a gente já tinha tido 65% de posse, número muito alto de escanteios, terminamos o primeiro tempo com nove escanteios e terminamos o jogo com 17 escanteios. Acho que vai ser muito difícil repetir esse número da competição.

Fizemos um jogo de cruzamentos, mas a equipe do Amazonas sempre bem postada. Também terminamos a partida com um número recorde de cruzamentos na competição, demos 56 cruzamentos na área do Amazonas, nos faltou efetividade maior de aproveitá-los, de agressividade para ganhar os duelos”.

Opção tática por David Braw

“O que aconteceu taticamente, eu já tinha feito uma primeira mexida, colocado o David da Hora no lugar do Vinicius, e fui fazendo as substituições. Na parte final do jogo, eu entendi que valia a pena a gente fazer um ajuste tático com quatro jogadores no meio e o David da Hora e o Breno na frente para incomodar os dois zagueiros. Só me restou a última mexida, que foi até o Rafinha, ficamos com Kalyel, Gegê, Rafinha e Braw no meio, e soltamos mais os nossos laterais para que tivéssemos amplitude, um meio com bastante gente e dois atacantes em cima dos dois zagueiros por dentro. Isso acabou nos dando um volume grande e, na reta final, acabamos premiados com uma jogada justamente nesse cenário, com o Matheus Ribeiro mais avançado no lado esquerdo, fazendo um belo cruzamento para o Rafinha empatar”.

Poder de reação

“Mas acho que nosso time está se recusando a se entregar, a perder, está tendo alma, está correndo, se dedicando muito. Os jogadores que entraram hoje foram muito bem novamente, entraram se dedicando, melhoraram o rendimento do time. Temos o gol do Rafinha, que é um jogador que tem treinado muito bem. É um ponto importante do nosso grupo, da nossa coletividade, e de um time que não se entrega jamais”.

Jogo travado

“Acho que o jogo foi atípico pela questão de ter tomado o gol muito cedo e o campo não privilegia equipes como a nossa, de predominância técnica, que querem jogar futebol. Além disso, não tenho dúvida que esse jogo foi o mais parado, de menor tempo de bola rolando na minha carreira. Não teve sequência, fluidez, foi muito parado”.

Ponto importante 

“E o tempo foi passando, o jogo foi ficando favorável para quem estava com a vantagem. O Amazonas foi esfriando o jogo, não deixou o jogo fluir, parava muito. Mas em nenhum momento o CRB desistiu de buscar a vitória. Colocamos a bola no chão o tempo todo, fizemos alterações para botar o time pra frente, pra tentar empatar o jogo e até virar, essa era a nossa ideia. De uma forma muito justa, pelo volume que tivemos, conseguimos esse empate.

Não era o que queríamos. Queríamos vencer para dar mais um salto. Mas estamos vindo numa sequência de quatro jogos, quatro empates. Desses, três fora de casa. Agora, precisamos virar a chave, pois vamos ter dois jogos em casa e por competições diferentes. São jogos muito difíceis, a Série B é muito equilibrada. Temos que valorizar esse ponto, porque pode ser muito importante na competição. E buscar a melhora e os ajustes para o próximo jogo contra o Criciúma”.

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