Justiça ouve testemunhas do atropelamento que matou fisioterapeuta no Rio

Testemunhas do atropelamento que matou o fisioterapeuta Fábio Toshiro Kikuta, ocorrido no Recreio dos Bandeirantes, Zona Norte do Rio, foram ouvidas nesta sexta-feira (9) em uma nova audiência de instrução no Tribunal de Justiça do Rio. O influenciador Vitor Vieira Belarmino, acusado do crime, segue foragido e não participou da sessão.

A audiência na 1ª Vara Criminal da Capital, foi conduzida pela juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis. Foram ouvidos os depoimentos das mulheres que estavam no carro com Belarmino na noite do atropelamento. Elas foram denunciadas pelo Ministério Público por omissão de socorro.

A primeira audiência, realizada em 12 de abril, ouviu oito testemunhas, entre elas a viúva da vítima, Bruna Villarinho Kikuta. O delegado responsável pela investigação, Rodrigo de Barros Piedras Lopes, e outros que presenciaram o acidente também prestaram depoimento.

Relembre o caso

Fábio Toshiro Kikuta, de 42 anos, foi atropelado em 13 de julho de 2024, poucas horas após seu casamento, enquanto atravessava a Avenida Lúcio Costa, no Recreio dos Bandeirantes. O veículo que o atingiu, conduzido por Belarmino, estava em alta velocidade. O influenciador fugiu do local sem prestar socorro. A investigação apontou que o motorista trafegava entre 92 e 118 km/h, acima do limite de 70 km/h, e que, se estivesse dentro da velocidade permitida, teria conseguido evitar o impacto.

Além do homicídio doloso, Vítor Belarmino é acusado de omissão de socorro e fuga. As mulheres que estavam com ele também enfrentam acusações semelhantes. A investigação coletou mais de 20 vídeos de câmeras de segurança da região e produziu 10 laudos técnicos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), que reforçam a alta velocidade do veículo antes do atropelamento.

Foragido há mais de 10 meses, Vítor Belarmino falou publicamente sobre o caso em uma entrevista à Tv “Record”, negando ter consumido álcool antes do atropelamento e justificando sua fuga por “desespero”.