Escolha do novo papa gera repercussão internacional; veja

Papa Leão XIV faz sua primeira aparição pública na sacada da Basílica de S. PedroReprodução/Vatican News

A fumaça branca que saiu da chaminé da Capela Sistina nesta quinta-feira (08), sinalizou a eleição de um novo papa e provocou forte repercussão internacional. Ele é Robert Prevost, que será chamado de Leão XIV. Fieis e líderes mundiais celebraram o momento histórico.

Em frente à Praça São Pedro, milhares de pessoas — muitas delas vindas de diversos países — aplaudiram e se emocionaram com o anúncio simbólico. 

A imprensa internacional destacou a importância do evento. O jornal australianoThe Sydney Morning Herald descreveu após a fumaça branca surgir que “o mundo pode esperar saber em breve quem é o 267º papa”. No Reino Unido, o The Guardian afirmou que “será o cardeal protodiácono francês Dominique Mamberti quem anunciará o novo papa ao mundo, com a frase histórica: “Habemus Papam! A não ser que ele tenha sido eleito!”.

Nos Estados Unidos, o The New York Times ressaltou que o conclave, o primeiro em 12 anos, ocorreu em um momento incerto para a Igreja após a morte do Papa Francisco em abril. “O novo papa enfrentará decisões difíceis sobre a direção futura da Igreja, principalmente se dará continuidade à agenda de Francisco de maior inclusão e abertura à mudança ou se trilhará um caminho diferente”, concluiu o Times.

A emissora Al Jazeera, baseada no Catar, destacou que a rapidez para a decisão do novo papa.”

“Certamente é uma surpresa que a escolha tenha ocorrido tão rapidamente”. Na América Latina, o argentino Clarín destacou o desejo da Organização das Nações Unidas em trabalhar com o novo papa. “Nos últimos dias, e após a notícia da morte de Francisco, a ONU evitou comentar se tinha alguma expectativa específica para o novo pontífice, mas o porta-voz Stéphane Dujarric destacou os pontos em comum que Francisco e Guterres (um católico praticante) demonstraram em questões como a defesa dos migrantes e as mudanças climáticas”, apontou o Clarin.

Na Europa, o francês Le Monde apontou que “o novo pontífice terá que abordar as questões que afetam os 1,4 bilhão de católicos em sua fé, sua espiritualidade, sua prática, seu relacionamento com a Igreja e o mundo”.

“O sucessor de Francisco terá que continuar a abordar a questão da violência sexual dentro da Igreja. Após um despertar tardio durante uma viagem ao Chile em 2018, Jorge Bergoglio tomou medidas, como exigir que os clérigos denunciassem os abusos a Roma e criar um sistema para receber denúncias. Mas ainda há um longo caminho a percorrer”, destacou Le Monde.

Já o jornal italiano La Repubblica comentou que Prevost “é o 267º pontífice da história, o primeiro americano, de origem italiana, francesa e espanhola, arcebispo de Chicago, cidade onde nasceu”. Por sua vez, o queniano The Star sublinhou, antes o anúncio oficial, que “os cardeais, todos com menos de 80 anos, elegeram um papa africano, um asiático ou até mesmo um americano, ou podem favorecer um dos veteranos da administração do Vaticano?”

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